Da Redação do Blog — Clientes da agência de turismo Sevagtur Receptivos registraram denúncias de que foram vítimas de um golpe após contratarem uma viagem internacional que envolvia roteiros na Europa e no Oriente Médio. A excursão, programada para começar em maio deste ano, foi adiada por, no mínimo, três vezes, deixando os viajantes frustrados e preocupados. Cada pacote de viagem custou R$ 27 mil, e o caso já está sendo investigado pela Polícia Civil.
A policial rodoviária federal aposentada, Ana Lúcia Alves da Silva, relatou que ela e seu marido contrataram a agência Sevagtur Receptivos em março para uma viagem com destinos ao Egito, Turquia e Grécia, programada para começar em 21 de maio. No entanto, a excursão foi adiada repetidamente pela agência, alegando diversos motivos, como problemas de saúde do guia espiritual e falta de recursos para comprar as passagens aéreas. Segundo Ana Lúcia, a representante da agência, Suzana Aguiar, admitiu que usou o dinheiro dos clientes para pagar dívidas de outro grupo de viajantes atendido pela empresa, que também enfrentou problemas durante sua excursão no Oriente Médio em março.
O grupo afetado, composto por 26 pessoas, decidiu registrar boletins de ocorrência na Delegacia de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, na última quinta-feira (26). De acordo com Ana Lúcia, a agência prometeu reembolsar o dinheiro aos clientes que não quisessem mais esperar em julho e agosto, mas até o momento, os reembolsos não foram feitos, e a viagem nunca ocorreu.

Outros clientes, como a psicóloga Rosely Freitas, também compartilharam experiências semelhantes. Rosely pagou R$ 14 mil adiantados e enfrentou diversos adiamentos e justificativas duvidosas por parte da agência. A última data marcada pela empresa para a viagem, 8 de outubro, coincidiu com o início dos conflitos em Israel e na Faixa de Gaza, uma região próxima ao Egito, o que gerou ainda mais desconfiança entre os clientes.
A representante da agência Sevagtur Receptivos, Suzana Aguiar, declarou ao g1 que os adiamentos ocorreram devido ao não alcance do número mínimo de viajantes e também por preocupações com a segurança dos clientes, referindo-se aos conflitos na região de Israel. Ela assegurou que a agência está disposta a encontrar um “denominador comum” com todos os passageiros e continua “de portas abertas” para dialogar.
A Polícia Civil informou que o caso foi registrado como estelionato/fraude e está atualmente em investigação. O inquérito segue em andamento, e as autoridades trabalham para esclarecer todos os fatos relacionados às denúncias feitas pelas vítimas. Enquanto isso, os clientes afetados aguardam por respostas e soluções para o prejuízo financeiro e emocional que sofreram.
A agência de turismo Sevagtur já foi acusada de golpe semelhante antes.









