Sem alarde, no último dia 30 de janeiro de 2020, uma operação do Grupo Móvel Interinstitucional de Combate ao Trabalho Análogo ao de Escravo, composto pela Polícia Federal, pela Auditoria Fiscal do Trabalho, pela Defensoria Pública da União e pelo Ministério Público do Trabalho, flagrou cerca de 13 operários de uma obra pública da Construtora Ingazeira, na Comunidade V8, no Varadouro, em Olinda, em condições consideradas análogas à escravidão.
O blog apurou que a Construtora, detentora de contratos que superam a casa dos cem milhões de reais com as Prefeituras de Olinda, do Cabo, do Recife, de São Lourenço da Mata e com o Complexo Portuário de Suape, terceirizava a contratação de mão-de-obra mediante subempreitada, de modo a baratear os custos da obra pública, resultando na contratação de operários sem assinatura das Carteiras de Trabalho, sem o pagamento de seus direitos trabalhistas e abrigando-os em alojamentos sob condições degradantes, onde esses trabalhadores dormiam sobre papelões espalhados pelo chão.
A investigação teve início a partir de denúncia que deu ensejo à instauração do INQUÉRITO CIVIL n.° 002505.2019.06.000/4, tendo como noticiada a CONSTRUTORA INGAZEIRA LTDA que estaria reduzindo os trabalhadires à “Condição Degradante” e promovendo “aliciamento e tráfico de trabalhadores”, segundo a Portaria de instauração do IC, assinada pelo Procurador do Trabalho Chafic Krauss Daher, da Procuradoria Regional do Trabalho da 6ª Região-Recife/PE.
Ingazeira tem como proprietário empresário Marcus Travassos, genro do deputado federal André de Paula, do PSD
O IC foi instaurado no dia 24 de janeiro e logo no dia 30 foi desencadeada a Operação conjunta de combate ao trabalho escravo.
O Blog teve acesso ao Termo de Ajustamento de Conduta firmado entre o MPT, a DPU e a empresa Ingazeira, firmado no dia 6 de fevereiro e constatou que em razão das irregularidades encontradas e de modo a evitar implicações penais, a Construtora se comprometeu a pagar as verbas rescisórias doa empregados, além de danos morais arbitrados em dois mil reais para cada um dos Trabalhadores da obra fiscalizada.
Comprometeu-se, ainda, a fornecer EPIs, manter alojamentos adequados e a assinar as CTPs e a não manter empregados em situação análoga a de escravo:
Ricardo Antunes é jornalista, repórter investigativo e editor do Blog do Ricardo Antunes. Tem pós-graduação em Jornalismo político pela UnB (Universidade de Brasília) e na Georgetown University (EUA). Passou pelos principais jornais e revistas do eixo Recife – São Paulo – Brasília e fez consultoria de comunicação para diversas empresas públicas e privadas.
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