Dono de fazenda chamado como testemunha
ESPLANADA (BA) – O homem que levou o miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega para seu último esconderijo, onde foi morto no domingo após trocar tiros com a PM baiana, não revelou para a polícia seu exato grau de amizade com o ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais do Rio de Janeiro (Bope). O pecuarista Leandro Abreu Guimarães disse em depoimento que conhecia o ex-caveira do Bope de um circuito de vaquejadas.
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Dono de fazenda chamado como testemunha
Um documento obtido pelo GLOBO mostra que a relação entre Leandro Guimarães e Adriano era próxima e que ocorre pelo menos desde a metade do ano passado. No dia 5 de julho de 2019, advogados do ex-capitão convocaram o pecuarista como testemunha de defesa em um processo onde Adriano é acusado de homicídio, grilagem de terra e agiotagem. Ele também é apontado por promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) como chefe da milícia de Rio das Pedras.

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Uma carta precatória chegou a ser expedida solicitando que a Justiça da Bahia ouvisse o pecuarista. O caso está sob segredo de justiça. O que se sabe é que, até outubro do ano passado, Leandro ainda não havia prestado depoimento. Leandro Guimarães chegou a ser preso pela polícia baiana.
Os militares do Bope da Bahia estiveram, no domingo, em sua fazenda, na Zona Rural do município de Esplanada, para cumprir um mandado de busca e apreensão.
Três armas foram encontradas na casa, e Leandro acabou detido. Dali, os PMs seguiram para o bairro das Palmeiras, distrito de Esplanada, onde localizaram Adriano Magalhães de Nóbrega. Ele teria reagido à prisão e acabou morto. Na última terça-feira, a Justiça da Bahia negou um pedido feito pela polícia para converter a prisão em flagrante em preventiva e concedeu liberdade provisória ao pecuarista.
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