EXCLUSIVO, por Ricardo Antunes – A empresa de um primo do prefeito João Campos e da ex-deputada federal Marília Arraes, Plataforma de Serviços Móveis e Distribuição de Mídias Ltda, de José Arraes de Alencar, foi contratada pela Câmara Municipal do Recife, por R$ 1,443 milhão, para veicular vídeos produzidos pela emissora de tevê da Casa nos monitores de 70 ônibus que circulam na cidade. Seria mera coincidência?
O extrato de contrato 34/2023, publicado no Diário Oficial da Câmara, informa que o contrato é de um ano, contando desde o último dia quatro. A empresa, sediada no edifício Corporate Center, na Rua do Chacon, em Casa Forte, com capital registrado de R$ 600 mil, receberá, por mês, portanto, mais de R$ 120 mil apenas para adaptar a veiculação nos monitores dos ônibus do material produzido pela TV Câmara do Recife. A empresa tem o nome de fantasia de Bluwhee.

O extrato de contrato 34/2023, publicado no Diário Oficial da Câmara, informa que o contrato terá a duração de um ano, e vale desde o último dia quatro desse mês.
A empresa, sediada no edifício Corporate Center, na Rua do Chacon, em Casa Forte, com capital registrado de R$ 600 mil, vai receber mais de R$ 120 mil mensais apenas para adaptar a veiculação nos monitores dos ônibus do material produzido pela TV Câmara do Recife.
Suspeição
O extrato de 3/2023 não menciona qual foi a forma jurídica da contratação, deixando em aberto se houve dispensa de licitação. Procurado, o Departamento de Comunicação Social da Câmara alegou não ter como dar detalhes da contratação devido ao feriado, nesta sexta-feira, de Nossa Senhora da Conceição.

O extrato se limita a informar que o objeto do contrato é “prestação dos serviços especializados de adequação técnica ao formato, com inclusão de legenda, no material produzido pelo Departamento de Comunicação Social da Câmara Municipal do Recife, ou seja, nos vídeos TV Câmara do Recife”.
O presidente da Câmara Municipal, Romerinho Jatobá (PSB), é amigo pessoal de João Campos e está cotado para ser seu vice na campanha de reeleição do prefeito, no próximo ano.
Pode residir aí o mistério sobre os elevados valores e o instrumento jurídico da contratação. Nós tentamos contato com todos os citados nessa reportagem, mas não tivemos retorno. Essa matéria pode ser atualizada a qualquer momento e o espaço está aberto no chamado O Outro Lado









