Da Redação do Blog – A repercussão negativa da denúncia de que a Assembleia Legislativa de Pernambuco iria gastar quase R$ 1 milhão para comprar móveis para o “buraco frio” fez a Mesa Diretora da Alepe engatar a “marcha a ré”. O presidente da Casa, Álvaro Porto (PSDB), orientou a suspensão da licitação, destacando que não era o momento oportuno, mesmo com a validade do certame.
Os móveis, avaliados em R$ 831 mil, seriam destinados ao “buraco frio” dos deputados, nome dado aos gabinetes privativos, onde os deputados estaduais se reúnem para conversar e fazer refeições. A compra, baseada no pregão eletrônico 17/2023 da Alepe, tinha como fornecedora a empresa MBarros Indústria de Móveis Ltda., do município do Paulista.
Na justificativa, a Alepe alegou a necessidade de otimizar o espaço dos deputados, argumentando que o mobiliário existente, com mais de sete anos de uso, já apresentava desconforto e desatualização. Nos bastidores, a justificativa foi contestada, sendo chamada de “típica dessa época” por um funcionário.
Os valores chamaram atenção, com uma unidade de sofá de dois lugares custando R$ 55 mil, e cadeiras variando entre R$ 5.952,38 e R$ 8.500,00. A contratação, assinada pelo presidente Álvaro Porto e pelo primeiro secretário Gustavo Gouveia, foi publicada no Diário Oficial do Legislativo em 24 de novembro. A polêmica levanta questionamentos sobre a gestão de recursos públicos e prioridades em um período de final de ano.









