Da Gazeta do Povo – O deputado federal Luciano Bivar (União-PE), ex-aliado de Jair Bolsonaro (PL) e que propôs homenagem ao ministro do Supremo Tribunal federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Alexandre de Moraes na casa legislativa por “defesa da democracia”, deverá deixar a presidência do União Brasil em maio de 2024, após dois anos na função, segundo informou neste sábado (28) o Valor.
A data coincide com o encerramento do seu mandato, que não deve ser renovado diante de uma série de embates e disputadas internas pelo comando da sigla. Caberá ao seu vice, Antônio Rueda, seu aliado, assumir o diretório nacional e liderar o andamento das tratativas às eleições municipais de 2024.
No dia 26 de outubro o União Brasil publicou um segundo edital de convocação para encontro da comissão executiva. No início da semana uma primeira convocação chamava para o encontro em 6 de novembro, mas ela foi cancelada e a nova data é de 20 de novembro, em Brasília. Correligionários especulam que a mudança pode ser uma manobra de Bivar na tentativa de conseguir mais tempo para se articular e se manter no cargo.
Está na pauta deste encontro a votação para antecipação da Convenção Nacional do partido de abril para fevereiro do ano que vem, a primeira desde a fusão entre PSL e DEM que deu origem ao União Brasil. Na reunião de novembro também serão eleitos os dirigentes da sigla para um mandato de quatro anos.
O edital considera a necessidade de antecipação da convenção partidária para ajustes de calendário, já pensando nos prazos da mudança partidária de 6 de março e o limite de prazo para filiações em 6 de abril, garantindo assim, segundo o documento, “maior segurança político-jurídica aos integrantes e futuros filiados ao União Brasil no pleito de 2024”.
O embate interno para disputa no comando partidário nos estados envolve também o grupo liderado por ACM Neto, com conflitos já registrados em pelo menos seis unidades da federação.
Internamente também há o embate pela mudança de mais membros no diretório nacional, além do presidente e vice, para que Bivar perdesse espaço e influência.









