Da Folha de S. Paulo — Ministério da Saúde publicou, no início de janeiro deste ano, texto em que comemorava uma suposta queda de óbitos na Terra Indígena Yanomami em 2023, na comparação com 2022. “Ações do Ministério da Saúde reduzem número de óbitos no território yanomami”, dizia a publicação.
O texto foi ao ar antes de o balanço oficial do ano ter sido fechado. O território registrou 363 mortes de indígenas da etnia em 2023, acima dos 343 óbitos computados em 2022, último ano do governo Jair Bolsonaro (PL).
Questionado, o ministério respondeu que a publicação se referia aos números disponíveis em janeiro.

A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, reconheceu que as ações no primeiro ano do governo Lula não foram suficientes para “solucionar todas as questões” dos yanomamis. Em entrevista coletiva nesta quinta (22), Guajajara atribuiu à presença do garimpo as dificuldades de atendimento aos indígenas e afirmou que o governo federal focou em ações emergenciais durante todo o ano passado.
“Agora a gente sai de ações emergenciais para ações permanentes com a instalação da casa de governo em Boa Vista”, disse a ministra.
Questionado sobre as principais causas de morte dos indígenas, que se mantêm ativas no território, o ministério não respondeu.









