*Por André Beltrão – Ademar Rigueira, figura destacada na sociedade pernambucana, enfrenta tempos difíceis. O advogado criminalista, que já ocupou cargos de destaque como presidente da OAB/PE e conselheiro federal, agora se vê no centro de um julgamento, acusado de tráfico de influência e suborno de funcionário público.
Nesta semana, o pedido de Habeas Corpus para interromper a ação penal que corre no Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) foi negado pela Suprema Corte, sinalizando uma derrota para Ademar. No entanto, a preocupação não se limita apenas ao aspecto profissional. No campo do prestígio e do poder, para quem quer aumentar sua influência no meio jurídico, essa “calo” no sapato pode incomodar muito.
Sua esposa, Adriana Caribé, também uma advogada respeitada e conselheira federal da OAB, anteriormente em vias de se candidatar à posição de desembargadora no Tribunal de Justiça de Pernambuco, agora está reconsiderando sua participação.

A inclusão de Ademar no processo criminal lançou uma sombra sobre sua candidatura, tornando difícil a obtenção de votos e apoio entre os desembargadores.
O processo eleitoral para a vaga de desembargador envolve várias etapas, incluindo a formação de uma lista tríplice pelo Tribunal e a escolha final pela governadora. O apoio que Adriana contava, especialmente do presidente do TJPE, Ricardo Paes Barreto, e de outros líderes influentes, está agora em xeque.
Apesar disso, Ademar mantém sua fé na campanha de sua esposa, confiando em sua rede de contatos e influência. No entanto, a incerteza paira sobre o futuro de sua esposa como desembargadora, especialmente diante das acusações criminais que enfrenta. O desenrolar dos eventos permanece imprevisível.
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*André Beltrão é jornalista formado pela UFPE









