EXCLUSIVO, por Luiz Roberto Marinho — É de assassinato a principal suspeita da morte, ontem, da recepcionista da Pousada Morena, uma das mais luxuosas de Fernando de Noronha, no Morro do Pico. Ela se chamava Marina Ferreira da Silva e tinha 25 anos.
O boletim de ocorrência da delegacia da ilha, ao qual o Blog teve acesso com exclusividade, revela que a diretora do Hospital São Lucas, Carolina de Mello e Silva, que fez o atendimento de Marina, constatou sinais de violência na vítima, como unhadas no pescoço e ferimentos na orelha esquerda.
A médica relatou à polícia ter sido traumatismo craniano a possível causa da morte. Informou que a recepcionista chegou ao hospital sem sinais vitais e que, por 50 minutos, tentou reanimá-la, sem sucesso.
Duas colegas de quarto de Marina, identificadas como Ana Cecília e Joselane, disseram no hospital que, no socorro à vítima, ao carregarem Marina nos alojamentos da pousada, as duas bateram com a cabeça dela na parede e deixaram-na cair no chão. Vinda de Olinda, Marina começou a trabalhar na pousada em fevereiro.

Ana Cecília declarou no hospital que estava no banheiro e que Joselane se encontrava no quarto com Marina quando, de acordo com as duas funcionárias da pousada, ela vomitou sangue. Ambas levaram Marina para o hospital, mas não compareceram à delegacia no momento em que foi feito o BO.
Contrariamente ao informe da médica Carolina de Mello e Silva registrado no BO, o delegado Rodrigo Cartaxo disse ao portal G1 Pernambuco que não encontrou sinais de violência no corpo da recepcionista.
Na entrevista ao G1, as informações do delegado não batem com o BO. A versão de Rodrigo Cartaxo ao portal de notícias são de que Marina teria tido queda de pressão – e não vomitado sangue – e de que dois rapazes, aos quais foi solicitada ajuda –e não as duas colegas de quarto, como consta no BO – é que teriam batido a cabeça da vítima na parede e deixá-la cair quando carregavam Marina.
Conforme ainda a versão do delegado ao portal G1, imagens do circuito interno da pousada confirmam os depoimentos das duas colegas da vítima. Disse ele na entrevista que o corpo de Marina será levado ao IML do Recife para autópsia.

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