Da Redação do Blog – Após a divulgação da notícia de que o Ministério Público havia denunciado seis policiais do BOPE pela morte de duas pessoas na comunidade do Detran, o Blog descobriu que também foi pedida a prisão preventiva dos mesmos, que pode ser decretada a qualquer momento.
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) pediu à Justiça a prisão dos seis policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) envolvidos na ação que deixou dois homens mortos na comunidade do Detran, na Iputinga, Zona Oeste do Recife, em 20 de novembro de 2023.
As vítimas foram posteriormente identificadas como Bruno Henrique Vicente da Silva, de 28 anos, e Rhaldney Fernandes da Silva Caluete, 32 e já teriam chegado mortas à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Caxangá, conforme atestaram os laudos periciais, indicando que a remoção dos corpos se deu apenas para dificultar o trabalho da perícia.
Tiveram a prisão requerida os policiais militares Carlos Alberto de Amorim Júnior, Ítalo José de Lucena Souza, Josias Andrade Silva Júnior, Brunno Matteus Berto Lacerda, Rafael de Alencar Sampaio e Lucas de Almeida Freire Albuquerque Oliveira. Os seis foram denunciados pelo crime de homicídio qualificado (sem chance de defesa das vítimas). Atualmente, todos estão em liberdade.
Uma câmera de segurança que filmou o momento em que os PMs invadiram a casa foi a responsável por desmontar a versão dos policiais, de que teriam agido em legítima defesa, pois retratou toda a movimentação na área externa. Só depois foram ouvidos os tiros e, por fim, as imagens mostram os policiais retirando os dois corpos enrolados em lençóis e levando para as viaturas.
Além da denúncia por homicídio qualificado (art. 121, §2º, inciso IV, do Código Penal), os mesmos policiais estão processados por crimes de descumprimento de missão, invasão de domicílio e fraude processual, que tramitam na Vara da Justiça Militar de Pernambuco (NPU 0006575-08.2023.8.17.5001).
Confira aqui a denúncia e o pedido de prisão formulado pelo Ministério Público: