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Home Lei & Ordem

Intervenção em empresas de ônibus mostra extensão da lavagem de dinheiro do PCC

Redação Por Redação
10/04/2024 - 10:36
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Operação do Ministério Público de São Paulo revela alcance do PCC em negócios cotidianos dos paulistas.

Operação do Ministério Público de São Paulo revela alcance do PCC em negócios cotidianos dos paulistas.

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Por O Globo – A operação deflagrada pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) na terça-feira contra duas empresas de ônibus que seriam usadas para lavar dinheiro do PCC mostrou o alcance das atividades da facção criminosa em negócios que fazem parte do cotidiano dos paulistas, como o transporte público, investimentos imobiliários, clínicas e postos de combustível. A UPBus e a Transwolff (TW), alvos da operação, transportam cerca de 700 mil pessoas por dia na zonas Sul e Leste da capital paulista e receberam quase R$ 800 milhões em remuneração da prefeitura por seus serviços.

A Operação Fim da Linha foi uma continuidade da Sharks, realizada em 2020. Os órgãos da força-tarefa que a executou mostram como a atividade da facção criminosa se diversificou. Além do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-SP e da Polícia Militar, participaram a Receita Federal e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que atua na preservação da livre concorrência.

‘Contornos de máfia’

As 1ª e 2ª Varas de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital expediram quatro mandados de prisão e 52 de busca e apreensão na Fim de Linha. Foram presos Luiz Carlos Efigênio Pacheco, dono da Tanswolff, conhecido como “Pandora”, Robson Flares Lopes Pontes, diretor da empresa, e Joelson Santos da Silva, representante de um escritório de contabilidade ligado à companhia de ônibus. Sócio da UPBus, Silvio Luis Ferreira, o “Cebola”, apontado como um dos principais chefes da facção e quarto alvo dos mandados de prisão, está foragido. Outras três pessoas foram presas em flagrante.

— O que nos preocupou muito é que a facção tem tomado contornos de máfia, cuja característica principal é a infiltração nos poderes do Estado. Não detectamos nenhuma omissão por parte do poder público municipal, mas que (os criminosos) estão disputando licitações de serviço público municipal. Já ocorreu na Itália, e agora temos visto isso acontecer no Brasil — alertou o promotor do Gaeco Lincoln Gakiya, que investiga o PCC desde os anos 2000.

A Justiça bloqueou R$ 596 milhões, com sequestro de bens de 28 empresas e 43 imóveis, segundo o promotor. Entre os bens apreendidos estão duas barras de ouro, 11 armas (sendo dois fuzis), 813 munições, joias e relógios, lanchas, R$ 161 mil em espécie e um helicóptero. À noite, o Ministério Público ofereceu denúncia contra 28 pessoas investigadas na operação.

Viaturas da Polícia Militar.

Em entrevista à GloboNews, Gakiya afirmou que a investigação continuará e há uma suspeita de que o dinheiro do crime organizado seja usado para campanhas políticas, sobretudo em eleições municipais, como as deste ano.

— Não é incomum a gente verificar financiamento a campanhas de prefeitos, vereadores. Se chegarmos não só nessa questão de políticos envolvidos, mas de servidores públicos, a gente vai partir para punição dessas pessoas — avisou.

Nas eleições de 2020, Pandora doou R$ 75 mil ao então candidato a vereador Antonio Donato (PT). Donato enviou nota afirmando que foi procurado porque Pacheco “queria fazer doação para um candidato de oposição”, e o repasse foi feito de forma legal e registrado junto à Justiça Eleitoral.

Segundo o Ministério Público, 29 empresas estão envolvidas no esquema de lavagem de dinheiro da TW e da UPBus. A investigação preliminar que levou à operação veio da Receita Federal, que identificou diversos esquemas tributários ilegais. Entre eles, formação de capital social de empresas com valores sem origem lícita, movimentações financeiras atípicas e distribuições de lucro desordenadas e sem lastro financeiro.

Dividendos sem lucro

De acordo com o MP-SP, cada uma das companhias investigadas montou uma “constelação” de empresas para tentar driblar a fiscalização. Com o capital adquirido, as controladas do PCC mostravam solidez financeira para entrar em licitações. Elas movimentaram R$ 732 milhões de 2020 a 2022, apesar de terem R$ 142 milhões em patrimônio declarado. Há casos de um imóvel pertencente ao grupo avaliado em R$ 10 milhões, mas declarado em R$ 800 mil.

— Nenhuma empresa passa por uma licitação se não tiver uma certidão negativa de débitos. Essas empresas tinham débitos tributários, e ainda assim fizeram compensações fraudulentas, com créditos inexistentes, para obter uma certidão e concorrer de maneira desleal — disse a superintendente da Receita em São Paulo, Márcia Cecília Meng.

A Receita identificou também a distribuição indevida de dividendos. Mesmo em anos com prejuízos, a UPBus e a TW pagavam somas milionárias a seus sócios. Um deles recebeu mais de R$ 14,8 milhões entre 2015 e 2022, quando a empresa a que era ligado teve um prejuízo acumulado de mais de R$ 5 milhões. Esse expediente, além de esquentar o dinheiro ilícito, impedia o pagamento de tributos pelos beneficiários, já que dividendos são isentos de imposto de renda.

A Receita identificou ainda dezenas de compra e venda de imóveis e bens de luxo dentro do esquema, como carros da Ferrari — negociações que eram feitas sob “complexas redes de holdings para conseguir disfarçar a titularidade da propriedade do bem”, segundo Meng.

A Justiça ordenou que a SPTrans assuma as linhas das companhias investigadas. O prefeito Ricardo Nunes nomeou dois dirigentse da estatal de transporte coletivo para assumir a TW e a UPBus. A intervenção será durante a investigação. A PM vai aumentar o patrulhamento nas garagens das duas companhias, para evitar interrupções no serviço. Nenhum ônibus foi retido com a operação.

Os alvos da Operação Fim da Linha

  • Os principais presos: Luiz Carlos Efigênio Pacheco, o “Pandora”; é dono da Transwolff, suspeita de lavar dinheiro do tráfico de drogas, de roubos e outros crimes. A experiência de Luiz Carlos em transportes vem da época das cooperativas clandestinas de vans na capital paulista. Robson Flares Lopes Pontes é dirigente da Transwolff e foi preso na garagem da empresa. Robson já havia sido processado por tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo em 2016.
  • O foragido: Controlador da UPBus, Silvio Luis Ferreira é conhecido como “Cebola”. Ferreira já foi flagrado com quase meia tonelada de maconha e é apontado pela polícia como um dos principais chefes do PCC em liberdade. Uma investigação feita em 2022 pelo Departamento de Prevenção e Repressão ao Narcótico (Denarc) indicou que o o controlador da empresa era “forte candidato” a assumir o posto de número 1 da facção criminosa nas ruas.
  • As empresas: A Transwolff atua majoritariamente na Zona Sul da capital. De acordo com os balanços da SPTrans, estatal municipal do transporte urbano, a empresa recebeu apenas no ano passado R$ 748 milhões para operar 143 linhas de ônibus. O contrato da Transwolff com a prefeitura, firmado em 2019, tem validade de por 15 anos. A UPBus opera principalmente na Zona Leste e recebeu no ano passado quase R$ 88 milhões da prefeitura.
Tags: Lavagem de DinheiroPCC
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