*Por André Beltrão – Institutos de pesquisa, empresas de comunicação e algumas entidades ligadas à administração pública estão frequentemente envolvidos em disputas judiciais que vão além do campo publicitário, chegando à justiça eleitoral. Surubim é um dos municípios onde essa demanda judicial tem crescido, com a justiça eleitoral sendo chamada a julgar dezenas de mandados de segurança contra diversos institutos de pesquisa.
Uma das principais queixas dos marqueteiros é a ligação entre esses institutos e empresas com vínculos diretos com candidatos e partidos políticos. Um exemplo recente envolve a Revista Total, conhecida por divulgar o trabalho da Associação Municipalista de Pernambuco (AMUPE). Segundo os profissionais de marketing, as pesquisas eleitorais registradas, além de não atenderem aos requisitos exigidos pela justiça eleitoral, apresentam um agravante: a conexão direta entre os institutos de pesquisa, empresas de comunicação e os candidatos ou partidos que as contratam.
Essa desconfiança é reforçada pelo fato de a atual prefeita de Surubim, Ana Célia, ter presidido a AMUPE entre 2022 e 2023, e atualmente ocupar o cargo de tesoureira da associação.
Os marqueteiros alegam que as pesquisas eleitorais, através da divulgação de dados distorcidos, tentam manipular a opinião pública, embora acreditam que essa estratégia seja em vão, dado que o engajamento dos candidatos é claramente visível nas redes sociais, comícios e passeatas, refletindo o verdadeiro sentimento da população.
*Por André Beltrão, jornalista e analista político.