Da Redação do Blog – Um crime brutal e um escândalo dentro do sistema prisional. O feminicida Lívio Quirino de Oliveira Neto, condenado pelo assassinato da dentista Emelly Nayane da Silva Ribeiro, de 24 anos, segue exercendo poder dentro do Presídio de Igarassu, em Pernambuco. Informantes denunciam que ele ocupa o posto de “chaveiro” do Pavilhão I e comanda um esquema de extorsão contra outros detentos.
Lívio, que deveria estar cumprindo pena pelo assassinato ocorrido em 22 de fevereiro de 2021, agora dita as regras dentro da unidade prisional. Relatos apontam que ele cobra valores abusivos para garantir condições básicas de sobrevivência aos internos. Um refrigerante custa R$ 40, um copo de açaí sai por R$ 30, e manter a cela limpa exige o pagamento de R$ 50. Quem não paga, permanece trancado por tempo indeterminado.
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As denúncias ganharam força após a divulgação de um vídeo gravado dentro do presídio. Nas imagens, cadeados impedem a saída de detentos que não arcam com as taxas ilegais, enquanto outros, os chamados “gatos”, circulam livremente pelo pavilhão sob a proteção do esquema.
A situação levanta questionamentos graves: como um feminicida condenado consegue exercer tanta influência dentro do presídio? De que forma um sistema que deveria punir e ressocializar permite que presos sejam explorados por outros internos? E mais: por que as autoridades penitenciárias não tomaram providências até agora?
A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco e a direção do Presídio de Igarassu foram acionadas e devem prestar esclarecimentos.