Do G1 — O Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) está chegando ao fim neste mês de março. Segundo o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, o limite de R$ 15 bilhões em benefícios fiscais já foi atingido. O programa, criado para ajudar empresas do setor de eventos a se recuperarem da crise da pandemia, concedia alíquota zero para impostos como IR, CSLL, PIS e Cofins.

Desde sua criação, o Perse já custou aos cofres públicos entre R$ 50 e R$ 60 bilhões. Isso significa que, mesmo com o fim do programa, a conta segue pesando, já que esse valor foi incorporado à dívida pública e gera um custo anual entre R$ 3 bilhões e R$ 5 bilhões em juros.
Entre as empresas beneficiadas, estavam hotéis, buffets, locação de equipamentos para eventos, produções teatrais e musicais, restaurantes, bares e cinemas. Apesar de ter sido essencial para o setor, o programa se tornou um dos mais caros já criados pelo governo, segundo Barreirinhas. “Foi importante, mas agora precisamos recuperar a saúde das contas públicas”, afirmou o secretário.