Por Ricardo Antunes — “Todo-poderoso” nas hostes do PSB desde os tempos do ex-governador Eduardo Campos, o ex-secretário de Projetos Estratégicos Renato Thiebaut teve mais uma derrota na Justiça, no âmbito da ação penal que responde por corrupção (Justiça Federal) – Operação Articulta.
Sua defesa, representada pelo escritório do advogado Ademar Rigueira, pediu para o juiz rasurar a denúncia do Ministério Público Federal, que o denominava como tesoureiro da campanha de João Campos em 2020.

O juiz Augusto César, da 13ª Vara Federal no Recife, negou o pedido e manteve a denúncia ipsis litteris como o MPF apresentou. Ou seja, de acordo com o órgão ministerial, Thiebaut foi, sim, tesoureiro da campanha de João Campos em 2020. A defesa do ex-secretário, muito próximo da família Campos, alegou que o projeto eleitoral do prefeito do Recife poderia ser afetado com a acusação – segundo a defesa, inverídica – da relação entre o réu e a campanha do prefeito.
Para o MPF, o pedido da banca de advocacia liderada por Rigueira é “absolutamente descabido por ausência de previsão legal. Ademais, não deveria ser preciso lembrar que estamos diante de uma ação penal e não de uma campanha publicitária ou propaganda eleitoral, de forma que impera, in casu, o princípio acusatório, onde a titularidade da ação penal pública é privativa do Ministério Público, não cabendo ao magistrado determinar como o parquet deve formular suas denúncias, mas apenas julgar improcedente o pedido, na sentença, caso entenda que não há provas da alegação”.

É bronca, meu povo! Agora, resta saber se a continuidade das investigações pode prejudicar a campanha eleitoral do prefeito João Campos (PSB) ao governo de Pernambuco em 2026.
E também saber como e quando o pessoal da governadora Raquel Lyra, candidata à reeleição, vai usar ou não esses fatos.