Do Poder 360 — O STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria nesta 4ª feira (19.mar.2025) para manter os ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e Flávio Dino no julgamento da denúncia da PGR (Procuradoria Geral da República) sobre a tentativa de golpe de Estado.
Seis ministros seguiram o voto do presidente da Corte, Roberto Barroso. O magistrado votou para negar os recursos das defesas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do general Walter Braga Netto e do general Mario Fernandes. Também defendeu a competência da 1ª Turma para analisar o recebimento da denúncia da PGR.
O presidente da 1ª Turma, Cristiano Zanin, declarou-se impedido de votar sobre o próprio impedimento, assim como Flávio Dino e o relator do inquérito que investiga o suposto golpe, Alexandre de Moraes. Por isso, a maioria formada foi de 6 ministros, e não 7 dos 11 magistrados.

Barroso foi acompanhado por Dino, Zanin e Moraes nas ações que não tratam dos seus próprios impedimentos e dos magistrados Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Edson Fachin em todas as 4 ações (duas propostas por Bolsonaro). Posteriormente, Cármen Lúcia se juntou à maioria formada nas 4 análises. Faltam votar Luiz Fux, Nunes Marques e André Mendonça.
O julgamento dos pedidos de impedimento começou às 11h desta 4ª feira (19.mar) e vai até às 23h59 de 5ª feira (20.mar). Na modalidade, não há discussão e os ministros só depositam os seus votos.
As sessões virtuais costumam ter início na 6ª feira e durar uma semana. No entanto, Barroso marcou sessões extras para o caso, justificadas pelo caráter excepcional de urgência.