Da Redação do Blog – A história de que o projeto de anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro tinha apoio pesado na Câmara caiu por terra. Na real, líderes do Centrão revelaram que o apoio foi inflado: muito deputado assinou o requerimento de urgência só para não se queimar com eleitores bolsonaristas — mas, nos bastidores, pediu para travar tudo, informa o Metrópoles.
O presidente em exercício da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), ouviu o recado e tirou a proposta da pauta. Só o PL de Bolsonaro e o partido Novo quiseram manter a urgência. O resto pulou fora e se alinhou à base de Lula, deixando a oposição isolada e prometendo retaliação.
O Centrão teme que votar essa anistia agora jogue gasolina no fogo, trave projetos importantes e ainda crie nova crise com o Supremo. A ideia de um perdão amplo, geral e irrestrito deixou de ser consenso.
Agora, a conversa é outra: discutir, no futuro, um texto mais específico, que alivie a barra só de quem não foi cabeça de golpe e não está condenado.
“A pauta é um dever meu. Vamos continuar dialogando”, disse Motta.