Do Metrópoles — Os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) Walton Alencar e Bruno Dantas dispararam uma série de críticas, durante a sessão desta quarta-feira (30/4), ao colega Aroldo Cedraz, relator da fraude do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no órgão.
Na prática, a inércia acabou beneficiando as associações, porque o andamento do processo no tribunal de contas poderia levar ao fim de todos os descontos indevidos nas aposentadorias, o que só veio a acontecer nessa terça-feira (29/4), por decisão da Controladoria-Geral da União (CGU), após a Operação Sem Desconto, da Polícia Federal.
O esquema criminoso, que está repercutindo no país inteiro, foi revelado pelo Metrópoles. O site é citado mais de 40 vezes na introdução do pedido de buscas e apreensão feito pela Polícia Federal na Operação Sem Desconto.
“Eu admito que estou muito frustrado com esse caso, pois nós tomamos conhecimento desse escândalo em 2023, adotamos uma medida cautelar em 2024 e estamos em maio de 2025 e não sabemos – porque não há monitoramento feito pelo tribunal – se alguma medida foi cumprida ou não”, assinalou Bruno Dantas.
“A ausência de despacho do relator não pode significar a paralisia do processo”, prosseguiu o ministro do TCU.
Seguindo a mesma linha crítica de Bruno Dantas, Walton Alencar acrescentou que nada foi feito por Aroldo Cedraz desde junho de 2024, quando o TCU determinou medidas cautelares para suspender novos descontos das entidades nas aposentadorias.
“O problema é que o acórdão do Tribunal de Contas da União é de junho de 2024, ou seja, quase um ano atrás. E agravo, todos sabemos, não tem efeito suspensivo. Houve três agravos e dois embargos, somente agora isso está sendo julgado, e o processo não voltou à unidade técnica para monitoramento”, explicou Walton Alencar.
“Esta é a sexta vez que o processo entra neste plenário. Ele foi retirado de pauta nas cinco vezes anteriores”, prosseguiu o decano.









