Por Ricardo Antunes – A suspensão do mandato do deputado Gilvan da Federal (PL-ES) passa a preocupar o também parlamentar Glauber Braga (PSOL-RJ). Isso porque a decisão foi tomada pelo Conselho de Ética da Câmara, após o liberal ter feito ofensas à ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT-PR). O presidente da Casa, Hugo Mota (Republicanos-PB), oficializou o afastamento, que será por três meses, na noite de ontem (06).
O despacho de Hugo Motta, na prática, referenda a Comissão de Ética, que também se debruçará, em breve, sobre o caso de Glauber. No ano passado, o psolista expulsou da Câmara a pontapés um militante do Movimento Brasil Livre (MBL), ligado à direita, que o provocou nos corredores. A cena foi filmada e divulgada nas redes sociais, motivando um processo contra o parlamentar.
No mês passado, Glauber chegou a fazer greve de fome por uma semana, enquanto o colegiado não concluísse o processo. Um acordo com Hugo Motta para que a votação não ocorresse nesses meses encerrou a greve de fome. Mas antes o parlamentar tinha como argumento a demora da comissão em votar o caso de Chiquinho Brasão, acusado de envolvimento na morte da ex-vereadora Marielle Franco.
Agora, com a suspensão de um mandato de um deputado bolsonarista, cai por terra a sua principal tese de defesa, enquanto a Comissão de Ética ganha força perante a opinião pública isenta.









