Por Luiz Roberto Marinho – A influenciadora pernambucana Mayara Pereira, que tem 300 mil seguidores e mais de seis mil publicações estimulando em vídeos o emagrecimento, culpou sua fornecedora de canetas Mounjaro, usadas para perda de peso, Priscila Pessoa de Menezes Zacarias, por ter enviado vazio, a uma cliente no Rio de Janeiro, um pacote que deveria conter duas canetas, no valor total de R$ 9 mil, que já tinham sido pagas.
Como publicou o Blog, a cliente, Roberta Ribeiro de Melo, gravou vídeo recebendo a caixa somente com agulhas e gelo líquido. Registrou boletim de ocorrência em Nova Friburgo (RJ) acusando Mayara de estelionato. O crime, previsto no artigo 171 do Código Penal, estabelece penas de um a cinco anos para quem obtém vantagem ilícita prejudicando alguém por meio fraudulento.
A influenciadora registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Boa Viagem, na Zona Sul, relatando o episódio do envio do pacote na agência dos Correios do Shopping Recife. Diz ela que Priscila passou na sua casa para buscá-la e irem juntas aos Correios despachar a encomenda. Afirmou que encontrou o pacote já pronto.
Solicitou ao delegado Mário Melo, titular da delegacia, que requisitasse as imagens gravadas na agência no dia da postagem, 23 de abril, entre 15h e 16h30, o que foi feito. Mayra enviou ao Blog imagens das duas nos Correios e Priscila dando carona a ela no carro para irem à agência.

A influenciadora também divulgou áudios de Roberta xingando-a de vagabunda, vadia, piranha, filha da puta e ameaçando ir ao Recife para dar uma surra nela. “Não tiro a razão, eu ficaria chateada também”, reconheceu Mayara ao Blog.
Como postou o Blog, Roberta Ribeiro de Melo comprou a caneta no cartão do crédito e sua amiga Juliana Borges Beltrão, a quem indicou a compra, pelo pix. Diz ela que uma dezena de mulheres foi ludibriada pela influenciadora, que recebeu os pagamentos, mas não entregou as canetas. Nos telefonemas e mensagens que trocaram antes das compradoras serem bloqueadas, Mayara culpa a fornecedora Priscila Pessoa de Menezes Zacarias por não ter efetuado as entregas.
Segundo as vítimas, Mayara Pereira comercializava por R$ 4.500 a versão mais cara da Mounjaro, do laboratório Ely Lilly, fabricada na Europa, que permite clicks e dura até cinco meses, com uma dose semanal.
A versão brasileira é vendida em embalagem de quatro canetas de dose única e está sendo oferecida na rede de farmácias Drogasil por R$ 1.406, durando um mês. A Mounjaro foi lançada para controlar a glicemia (dosagem de açúcar no sangue) dos diabéticos, por perda de apetite, mas acabou virando uma febre para quem quer emagrecer, apesar do preço elevado.









