EXCLUSIVO, por Luiz Roberto Marinho – Uma das mulheres presas pelo assassinato a pancadas do empresário piauiense Erlan Oliveira em Petrolina, no Sertão, na sexta-feira (20), Laiza Guimarães Coelho, 19 anos, teve a prisão temporária convertida em domiciliar pelo juiz Rodrigo Almeida Leal, do Plantão Judiciário.
Contra o parecer do Ministério Público, Rodrigo Almeida Leal acatou argumentação da Defensoria Pública na audiência de custódia segundo a qual não havia quem cuidasse dos três filhos de Laiza, um dos quais ainda amamentando. “A situação familiar da custodiada é de extrema vulnerabilidade”, escreveu o juiz.
O defensor público Werid Simões da Silva justificou que o marido de Laiza também foi preso junto com ela pelo assassinato do empresário e a avó materna, por ser alcóolatra, não tem condições de cuidar dos netos, que estavam aos cuidados da mãe de um amigo do casal.
“Tal cenário coloca as crianças em grave risco e atrai a incidência da proteção integral prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente e na jurisprudência pátria”, pontuou Rodrigo Almeida Leal, que conduziu a audiência de custódia por videoconferência, de Afrânio, no Sertão, sua comarca, a 118 quilômetros de Petrolina.
O juiz do Plantão Judiciário determinou o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de qualquer contato de Laiza Guimarães Coelho com as testemunhas do inquérito sobre o crime. Segundo ele, o atual estágio das investigações permite que a prisão domiciliar com tornozeleira garanta a ordem pública.

Estão detidos Vitória Maria de Carvalho, João Ítalo Barbosa da Silva e Franklin Freire de Aquino Bezerra. Um dos dois, não identificado na decisão do juiz Rodrigo Almeida Leal, é o marido de Laiza.
Está preso também um empresário de Ouricuri, José Lima Ferreira Junior, conhecido como Júnior da D20, dono de lojas de produtos importados e de farmácias na cidade, que fica a 205 quilômetros de Petrolina. Os cinco vão responder por homicídio qualificado, cuja pena varia de 12 a 30 anos.
Vitória Maria de Carvalho é acusada de haver pisoteado algumas vezes a cabeça do empresário com sua bota de salto, depois de cessado o espancamento. Em depoimento à polícia, negou a agressão, filmada por câmeras do Bar Virote, em cujas imediações ocorreu o espancamento de Erlan Oliveira, que tinha 28 anos e era operador de criptomoedas em São Paulo.
Foram as imagens das câmeras e o depoimento do segurança do bar, que aparentemente conhecia os agressores, conforme relato à polícia de um dos amigos do empresário que assistiu ao espancamento, que permitiram a decretação da prisão dos cinco envolvidos.
Apesar de haver negado o pisoteamento, Vitória Maria admitiu à polícia que estava na Toyota Hilux SW4 preta estacionada no bar, dirigida por Junior D20 e na companhia de Laiza e do marido, no banco de trás. Segundo ela, Laiza, que disse conhecer superficialmente, é maquiadora.
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