Da Redação do Blog – Com a instauração de inquérito policial sobre a morte da advogada Maria Eduarda de Medeiros, a Duda, no naufrágio do seu barco à vela, e o cumprimento de mandado de busca e apreensão no seu apartamento, na Jaqueira, bairro nobre da Zona Norte, o médico Seráfico Pereira Cabral Junior, 55, que namorava a advogada, contratou o renomado e caro escritório do advogado Ademar Rigueira.
Com dez sócios, todos com alta especialização em Direito Penal, o escritório Rigueira, Amorim, Caribé & Leitão, luxuosamente instalado em Boa Viagem, na Zona Sul, e filial em Brasília, tem mais de 30 anos de atuação em ações penais, incluindo operações famosas da Polícia Federal, como a Lava Jato e a Zelotes. No ano passado, defendeu empresários de apostas on-line na rumorosa Operação Integration, que prendeu a influenciadora digital Deolane Bezerra e mandou prender, sem sucesso, o cantor Gusttavo Lima.
Conceituado urologista, coordenador do Serviço de Urologia do IMIP (Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira), pai de dois filhos, uma deles estudante de Medicina, Seráfico Pereira Cabral Junior namorava Duda há seis meses. Segundo uma prima da advogada, tinha dado a ela uma aliança de compromisso e havia pedido a namorada em casamento no fatídico dia do naufrágio, em Suape, no Litoral Sul, no sábado (21).

Até terça-feira (24), Seráfico estava internado em estado de choque no Hospital Unimed, na Ilha do Leite, área central do Recife. Praticante de esportes náuticos, ele nadou por duas horas até a costa depois do afundamento do barco e relatou que Duda começou a nadar com ele, mas desapareceu.
Velado na terça-feira (24), no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR), o corpo de Maria Eduarda teve a cremação suspensa por ordem da juíza de plantão Danielle Melo Burichel, que exigiu laudo pericial do IML para autorizar a cremação, por estar em andamento inquérito policial.
Instaurado na Delegacia do Cabo de Santo Agostinho, na RMR, pois o corpo foi encontrado na praia de Gaibu, o inquérito apura as circunstâncias da morte de Duda, incluindo a existência de habilitação de Seráfico para pilotar barcos e a possível ausência de salva-vidas no dia da navegação.