Do Independente – Enquanto a Europa queima sob temperaturas escaldantes, a Argentina enfrenta um frio histórico, provocado por uma massa de ar polar combinada com alta umidade. O fenômeno gerou nevascas em diversas províncias, da Patagônia ao centro do país, segundo a MetSul Meteorologia.
Entre sexta-feira (27) e domingo (29), cidades como Maquinchao (-17,1°C), Calafate (-14,1°C), Rio Gallegos (-13,6°C) e Bariloche (-13,0°C) registraram mínimas severas. Em Puerto Deseado, em Santa Cruz, uma das nevascas mais intensas dos últimos anos deixou mais de 25 cm de neve acumulada.
Em Ushuaia, no extremo sul do país, a neve constante cobriu completamente a cidade, transformando a paisagem urbana e rural. Em regiões não acostumadas ao fenômeno, como áreas centrais do país, a neve surpreendeu moradores e alterou rotinas.
A simultaneidade de eventos climáticos extremos em hemisférios opostos acende um alerta global. Enquanto parte do planeta sofre com o avanço do calor extremo, outras regiões encaram ondas de frio severas e fora do padrão. Especialistas reforçam a urgência em monitorar e mitigar os impactos da crise climática, cujos sinais se tornam cada vez mais evidentes.