Da Redação do Blog – Doze dias depois do sepultamento da publicitária Juliana Marins em Niterói, o brasileiro Brunno Tavarez, que fez duas vezes a trilha do vulcão do Monte Rinjani, na Indonésia, onde a publicitária morreu, defendeu a inocência do guia Ali Musthofa no acidente e diz que houve má fé e desinformação nas redes sociais sobre o resgate.
Em entrevista ao Blog, Brunno, que mora em Bali, próximo à ilha de Lombok, onde fica o vulcão, disse lamentar profundamente a morte da publicitária, de 26 anos, mas relatou que se ela tivesse contratado um guia particular, que custa em torno de US$ 100, o acidente não teria ocorrido. Ele viajou a Lombok para se solidarizar com Ali Musthofa e contou que, como estava guiando um grupo, Ali não poderia ter ficado todo o tempo com Juliana nas paradas que ela fez na trilha.
“Quando não se tem experiência neste tipo de trilha, e Juliana disse não ter, é oferecido um guia particular e isso foi feito com ela. Juliana parou várias vezes e na última vez o grupo estava mais à frente. Ali tinha responsabilidade com os outros integrantes e teve de ir assessorá-los. Disse para Juliana não se mexer e quando voltou para busca-la, não a encontrou mais”, contou Brunno, que trabalha na Indonésia para uma empresa inglesa de TI.
Segundo o brasileiro, ninguém faz a trilha do vulcão Rinjani sem saber que é perigosa. Um dia antes da excursão há instruções detalhadas de como proceder e no início da trilha existe um cartaz enorme alertando para os riscos da caminhada. “Quem sobe ali, sabe de tudo”, pontuou.

Natural de Niterói, Juliana Marins era apaixonada por viagens e esportes ao ar livre. Havia embarcado para um mochilão pelo Sudeste Asiático desde fevereiro e antes de chegar à Indonésia havia visitado Filipinas, Tailândia e Vietnã. Seu corpo, periciado primeiro na Indonésia e depois no Rio de Janeiro, foi resgatado após três dias de busca, em 24 de junho último.
Peritos contratados pela família no Rio estimaram que ela saiu da trilha escorregando por 60 metros e continuou caindo até 220 metros de distância da trilha, numa primeira queda. Posteriormente escorregou mais 60 metros e sofreu a segunda queda, onde sobreviveu por mais 15 minutos, num total de 32 minutos, em agonia até morrer. Seguiu caindo até o último ponto onde foi encontrada, a 650 metros de profundidade.









