Com informações da assessoria – No próximo dia 30 de julho, as 18h30, será aberta na galeria do Instituto Cervantes de Brasília a exposição coletiva Cuba+10, que tem a curadoria de Romildo Gastão. A mostra terá a participação dos artistas Adriana Marques, Clarice Gonçalves, Darlan Rosa, Dulce Schunck, Glenio Lima, Josafá Neves, Tiago Botelho e Tarciso Viriato. O evento marca os 10 anos decorridos da participação dos artistas na exposição que fez parte da programação da 12º Bienal de Havana de 2015 e foi realizada no museu municipal de Guanabacoa, em Havana. O evento tem o patrocínio da embaixada de Cuba e da embaixada da Espanha no Brasil, sendo realizado pelo Instituto Cervantes.
A presença dos artistas de Brasília em Havana representou um momento importante de intercâmbio cultural, permitindo que as obras dos criadores fossem apreciadas em um evento artístico reconhecido mundialmente e fortaleceu os laços entre as cenas artísticas de Cuba e do Brasil.

Para o curador Romildo Gastão, mais do que uma homenagem aos 10 anos decorridos do evento, a mostra Cuba+10 em Brasília é uma celebração da cooperação mútua e da identidade de duas ricas e diversas em todos os seus aspectos, além de representar um encontro poético e cultural, com artistas mais maduros, mostrando coletivamente o desenvolvimento do seu fazer artístico nos 10 dias que se passaram desde 2015. A exposição será composta de obras exibidas em Cuba e na produção atual dos artistas.
Como um evento comemorativo, Romildo Gastão diz que a exposição terá como convidado a participação do artista cubano Carlos Pimentel, com uma série denominada Abakuense. Essa série sobre papel , faz referência à influência da sociedade secreta Abakuá, que tem raízes em tradições religiosas afro-cubanas, com forte impacto na formação e no desenvolvimento da cultura nacional cubana.

Outro ponto a destacar é a realização da mostra no Instituto Cervantes de Brasília, um órgão oficial da Espanha, país que colonizou Cuba por quase quatro séculos. A escolha do local carrega um grande e profundo simbolismo e abre espaço para diálogos históricos e culturais entre Brasil, Cuba e a Espanha. “A escolha desse local transcende a simples apresentação artística: trata-se de um gesto de ressignificação e reconexão entre povos marcados por uma história semelhante e compartilhada em seus aspectos sociais, econômicos e culturais”, observa Gastão.
Cada artista selecionou obras que estabeleciam diálogo com a cultura cubana e com questões universais. Glenio Lima apresentou a série “Estalactite”, composta por peças construídas com materiais descartáveis, explorando o ciclo da matéria e a transformação dos resíduos em arte. Tiago Botelho levou os desenhos “Seres do Mar”, realizados com papéis reciclados e canetas hidrocor, buscando uma conexão com a ancestralidade comum entre Brasil e Cuba. Transformando minerais locais em pigmento para pintura, Dulce Schunck apresentou a série Chita: uma est-ética popular.
A chita é referência de alegria e celebração, de convivência social e de resistência cultural. Darlan Rosa apresentou 3 impressões digitais e uma escultura tridimensional em alumínio, que foi doada p o museu de Guanabacoa. Adriana Marques, participou com uma série de pinturas sobre tela de técnica mista e acrílica. Clarice Gonçalves, expôs uma série que investigou corpos, movimentos e as cores de roupas dos entes pintados. Josafá Neves mostrou a série Negreiros, que resgata a história social e cultural dos africanos trazidos para a América. Por último Tarciso Viriato, um pintor que tem uma obra com explosão de cores, formas, texturas e colagens que transmitem energia, movimento e complexidade emocional, apresentou uma série criada para Acercamientos.









