Do UOL – Depois de resgatar o projeto de anistia aos envolvidos em atos golpistas, os apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) voltam às ruas hoje para pressionar o Congresso a tentar salvar o ex-presidente.
Os atos em Belo Horizonte, Brasília e Rio de Janeiro ocorrem nesta manhã. A militância bolsonarista espalhou as manifestações por diferentes capitais. A estratégia, reciclada do último protesto, visa mostrar a força da pauta da anistia pelo Brasil a tática também evita possíveis críticas, caso os protestos tenham uma baixa participação, já que haverá uma pulverização do público.
Michelle Bolsonaro, em discurso gravado, disse que Bolsonaro está “humilhado”. Foi transmitido no ato em Brasília um áudio em que a ex-primeira-dama sobe o tom contra o STF (Supremo Tribunal Federal). “Hoje, por perseguição e injustiça, ele [Bolsonaro] não pode falar, mas nós falaremos por ele até que essa tirania e essa perseguição sejam vencidas”, disse.
Durante a concentração em Brasília, os apoiadores gritaram “América, salve o Brasil”. O que mais empolgou o público, entretanto, foi dizer “fora, Moraes” e “fora, Lula”

As bandeiras do Brasil dividem espaço também com as dos Estados Unidos e de Israel. No Rio, os cartazes levados pelos manifestantes se referem mais a Donald Trump do que a pedidos por anistia —diferentemente do discurso no carro de som. Os bolsonaristas exaltam o presidente dos EUA após o governo americano aplicar a Lei Magnitsky contra o ministro do STF e oficializar um tarifaço de 50% ao Brasil.
Esse é o segundo protesto sem a presença de Bolsonaro. No último, em agosto, ele ja cumpria medidas cautelares determinadas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes e chegou a aparecer por videochamada no ato na Paulista e no Rio. A ação se somou a outras que foram consideradas quebra das medidas cautelares impostas pelo ministro, que acabou determinando a prisão domiciliar do ex-presidente.
Em Belo Horizonte, gritos de “Pacheco traidor”. O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ex-presidente do Senado e aliado do presidente Lula (PT), foi alvo de xingamentos do público na capital mineira. Lula defende que Pacheco seja candidato ao governo de Minas Gerais no ano que vem. Na capital mineira, apenas um quilômetro de distância separa atos da direita e da esquerda.









