Da Redação do Blog — A Câmara dos Deputados vive dias agitados com a escolha do relator do polêmico projeto da anistia. O deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), aliado próximo do ministro Alexandre de Moraes (STF), foi o escolhido pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB). A informação é da Folha de S. Paulo.
Em vídeo nas redes sociais, Paulinho já deu o tom: não haverá perdão amplo para todos, como querem os bolsonaristas. “Vamos buscar um meio-termo que não agrade nem a extrema direita nem a extrema esquerda, mas que pacifique o país”, afirmou.
Nos bastidores, a ideia é reduzir as penas para condenados nos atos golpistas de 8 de Janeiro, sem anular os crimes. A proposta prevê diminuir os anos de prisão em alguns delitos e até permitir que o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a mais de 27 anos, peça revisão da pena. Com isso, ele poderia até cumprir prisão domiciliar, em vez de ir para um presídio.
A escolha de Paulinho gerou críticas da direita, que questiona seu passado sindical, mas aliados destacam que ele tem trânsito com ministros do STF e com líderes partidários, o que facilitaria um acordo.
Ainda não há data para votar o projeto, mas a pressão é grande para que isso aconteça já na próxima semana. O centrão defende que essa saída seria melhor que uma anistia total, considerada impossível pelo STF.









