EXCLUSIVO, por André Beltrão – Colegas da diretora-geral adjunta da Polícia Civil, Beatriz Leite, rebatem a denúncia de que estaria perseguindo a delegada Vilaneida Aguiar. Dizem que a acusadora sofre processo administrativo por haver recusado atendimento a uma vítima de abuso sexual e usa as funções com pretensões políticas, tendo sido candidata à vereadora em 2024 e em 2020.
Como divulgou o Blog, nas queixas contra Beatriz Leite em conversas de WhatsApp, Vilaneida diz ter sido transferida por ela após seis anos na 2ª Delegacia de Crimes contra a Criança e Adolescente, em Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, sem justificativa, o que é negado por colegas da diretora-geral adjunta.
Segundo eles, Vilaneida chegava tarde à delegacia e negou-se a atender uma mulher vítima de abuso sexual em entrevista de emprego no Aeroporto dos Guararapes, em 2023, descumprindo portaria da Polícia determinando que toda e qualquer vítima deve ser atendida na primeira delegacia que procurar.
A vítima do abuso sexual foi obrigada a registrar o boletim de ocorrência em Boa Viagem, o que foi comunicado a Beatriz Leite, então chefe da Diretoria Integrada Metropolitana, pelo titular à época da Delegacia de Boa Viagem, Paulo Gustavo de Souza. Beatriz oficiou o fato à Diretoria Integrada Especializada, pedindo “as providências que julgar necessárias”.

Especialista em prevenção de abuso infantil, uma das autoras do livro “Vozes de Transformação”, que reúne textos de 12 mulheres na defesa dos direitos da infância e no enfrentamento do abuso infantil, Vilaneida Aguiar é acusada de usar a atuação na Delegacia da Criança e do Adolescente para se candidatar nas eleições do ano passado à vereadora em Jaboatão dos Guararapes, após ter sido candidata ao mesmo cargo, no Recife, em 2020.
Depois de filiada ao PP pelo presidente do partido em Pernambuco, Anderson Ferreira, ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, filiação registrada em fotografia, Vilaneida obteve 83 votos para vereadora em Jaboatão dos Guararapes, informam colegas da diretora-geral adjunta da Polícia Civil.

Relatam eles, ainda, que a delegada que se declara também perseguida por Beatriz Leite, como a delegada Natasha Dolci, que aguarda apenas ato da governadora Raquel Lyra (PSD) no Diário Oficial para ter consumada sua demissão da Polícia Civil, usava as dependências da 2ª Delegacia de Crimes contra a Criança e Adolescente para operar o que chamou de Fábrica de Sonhos.
O projeto doava brinquedos, roupas e kits de higiene pessoal, armazenados na delegacia, com objetivos políticos, afirmam os colegas da diretora-geral adjunta.
*O OUTRO LADO*
Estamos aguardando contato com a delegada Vilaneida Aguiar e o espaço segue aberto a manifestações. Essa reportagem pode ser atualizada a qualquer momento.









