Por Ricardo Antunes – O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, voltou a causar polêmica no palco da ONU. Em discurso hoje (26), ele negou que Israel esteja provocando fome na Faixa de Gaza e chamou a acusação de “piada”. “Estamos alimentando as pessoas de Gaza”, afirmou.
Como vocês já viram aqui no canal, dezenas de vídeos comprovam o drama da população civil em Gaza, a ponto de criarmos a série “Cenas da Insana Guerra”. Mais de 15 mil crianças e 8 mil mulheres morreram desde o início do conflito. O ataque terrorista do Hamas, mas não pode justificar um genocídio de um povo desarmado e faminto.
Enquanto fazia a fala, delegações de vários países, incluindo a do Brasil, se retiraram em protesto. O gesto foi visto como resposta ao tom de deboche de Netanyahu diante da crise humanitária.
O premiê também prometeu que Israel seguirá atacando Gaza “até terminar o trabalho” e exibiu um mapa destacando regiões onde disse ter enfraquecido forças ligadas ao Irã, Síria e Iêmen. Em outro momento, se dirigiu aos reféns, dizendo que não foram esquecidos.
O cinismo atingiu o auge quando Netanyahu comparou o reconhecimento de um Estado Palestino por países como Reino Unido e França à criação de um Estado para a Al-Qaeda ao lado de Nova York, após os atentados de 11 de setembro.
A fala reforça o isolamento diplomático de Israel e aumenta as críticas sobre a condução da guerra em Gaza. Para muitos, o discurso ignorou deliberadamente a realidade de milhares de civis em meio a bombardeios, bloqueios e desespero.









