Por Ricardo Antunes – Falta um ano para as eleições. Se você é político, repetimos: falta um ano para as eleições. Se você é jornalista, assessor, liderança ou envolvido de qualquer maneira, reiteramos: falta um ano para as eleições. E quem quer que você seja, não custa lembrar: falta um ano para as eleições.
Este prólogo tem o intuito de realmente refletir sobre a ansiedade política que toma conta de todos os atores acima citados diretamente ou que se sintam parte. Logicamente, a política afeta a todos, tão logo a participação geral, ampla e irrestrita (aqui, não custa lembrar, falamos em participação) nela é essencial.
Mas parece que o processo contamina tanto que não se pode simplesmente tolerar uma pesquisa que não queira dizer algo que não beneficie um poderoso.
Daí, lança-se outro levantamento, diametralmente oposto, apenas para manter o favoritismo em dia.
Aqui se dá nome a todos os bois. Todas as pesquisas reforçam a liderança de João Campos na corrida eleitoral. Mas no final de semana, uma pesquisa do Simplex em parceria com o Blog do Elielson cravou uma diferença de 14 pontos do socialista para a governadora Raquel Lyra.
O que pairou no clã socialista? A urgência em descredibilizar a pesquisa. E qual a melhor forma disso? Recorrer ao outrora inimigo Magno Martins, que com seu Instituto Opinião lançou nova pesquisa, na mesma semana, colocando João a 30 pontos de Raquel.
Ninguém ganha com isso, exceto os institutos, que são pagos para executar o serviço e também são citados na mídia. E quem sabe os farmacêuticos, que lucram vendendo ansiolíticos para uma classe política ávida por ocupar cargos de poder. Arautos, babões, áulicos, bedéis, capachos, xeleléus e todo tipo de gente que gravita em torno dos chamados carguinhos, aqueles que não enriquecem ninguém, mas que ao menos garantem a feira. É a luta por sobrevivência.
Claro que há gente boa de sobra ocupando esses cargos. Mas quando as pessoas entram nessa linha de que devem jurar amor ao gestor de plantão, ao político malvado que os emprega, são elas que se desmerecem. E nesse caso, passar na farmácia não adianta mais. É caso de doença grave e corrente mesmo, só com reza braba para talvez resolver.
Não precisa olhar no espelho, mas por acaso vocês conhecem alguém assim?









