Por Ricardo Antunes – Em mais uma falha de sua assessoria, a governadora Raquel Lyra (PSD) teve que engatar marcha-á-ré e decidiu suspender o Concurso Público Unificado de Pernambuco (CPU), lançado há apenas 24 horas. Quase 10 mil pessoas já tinham feito sua inscrição.
A decisão vem após um verdadeiro bombardeio à gestão nas redes sociais, porque o edital do certame não previu cotas raciais, destinadas a pessoas pretas, pardas, indígenas e quilombolas. A crítica foi levantada ontem (09) pela procuradora Noélia Brito, que chamou o certame de “pseudo-unificado”.
A ausência dessa política pública custou caro à já fragilizada imagem da governadora. Numa tentativa de controlar a narrativa, publicou vídeo em suas redes sociais informando que encaminhou um projeto de lei à Assembleia Legislativa garantindo cotas em concursos públicos do Estado. Sendo que esse assunto já é determinado por lei federal.
No vídeo, ela anuncia a suspensão das inscrições do CPU, mesmo ressaltando que em apenas 24 horas o estado recebeu 8.500 inscritos. Mais desgaste, obviamente, que foi iniciado pela Comissão de Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A entidade criticou a falta de cotas no edital, alegando que feria o Estatuto da Igualdade Racial de Pernambuco, sancionado em 2023 pela própria Raquel Lyra.
E foi assim que a gestão estadual sextou!









