Por André Beltrão – O ex-cabo PM Nadelson Leite afirmou, em mensagem encaminhada ao Blog, que estranhou a divulgação de uma decisão jurídica que condenou a Associação de Cabos e Soldados por assédio sexual praticado pelo mesmo.
Apesar de dizer que não teve direito de defesa, não nega os fatos divulgados, com exclusividade, pelo Blog do Ricardo Antunes.
O Blog reitera o seu compromisso com a verdade e ressalta que os fatos atribuídos ao ex-cabo Nadelson constam de decisão judicial transitada em julgado, tendo o jornalista se limitado a transcrever trechos da decisão judicial (ver matéria abaixo).
Se o ex-vice-presidente da ACS se sente injustiçado com a sentença que resultou na condenação por assédio sexual, deve buscar o juízo que o condenou, e não o Blog, que apenas noticiou o fato.
CONFIRA A NOTA OFICIAL
Prezado jornalista Ricardo Antunes,
Escrevo-lhe na qualidade de Nadelson Leite, cidadão e ex-vice-presidente da Associação de Cabos e Soldados de Pernambuco (ACS-PE), a respeito da matéria intitulada “As gravíssimas acusações que pesam contra o ex-vice-presidente da ACS-PE”, publicada em seu blog no dia 15 de maio de 2024.
A referida publicação expõe acusações de natureza grave contra minha pessoa, baseadas em um processo judicial do qual, reafirmo, jamais fui notificado ou tive oportunidade de exercer meu legítimo e constitucional direito à ampla defesa e ao contraditório. A forma como as informações foram apresentadas atinge diretamente minha honra e imagem, construídas ao longo de anos de dedicação à defesa dos interesses dos policiais e bombeiros militares de Pernambuco.
Com base no que assegura a Constituição Federal em seu Art. 5º, inciso V, que garante o “direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem”, e em conformidade com a Lei nº 13.188/2015, venho por meio deste solicitar, formalmente, a publicação do texto abaixo, na íntegra, no mesmo veículo e com o mesmo destaque dado à matéria original.
A publicação da minha versão dos fatos é um imperativo de justiça e um compromisso com a verdade, permitindo que seus leitores tenham acesso a todos os lados da questão e formem sua própria convicção de maneira isenta e equilibrada.
Agradeço sua atenção e aguardo a publicação do texto que se segue, a fim de restabelecer a verdade e garantir o devido contraditório.
Atenciosamente, Nadelson Leite
A SER PUBLICADO – DIREITO DE RESPOSTA A VERDADE PREVALECERÁ Assim como muitos de vocês, fui surpreendido por informações recentemente divulgadas envolvendo meu nome em um processo judicial do qual jamais fui intimado, tampouco tive qualquer ciência, até o presente momento. O que causa ainda maior perplexidade é o fato de que esse processo, segundo consta, encontra-se arquivado há mais de oito anos, justamente no período em que liderávamos uma das mais intensas mobilizações institucionais por meio do movimento Força e Honra, enfrentando um grupo de assessores vinculados ao então governador Paulo Câmara, que se opunham frontalmente às legítimas reivindicações da tropa.
Nesse contexto, torna-se evidente por que determinados ataques surgem de forma repentina. Ambientes onde circulam poder, influência política e recursos financeiros são, historicamente, férteis para a manipulação de narrativas, sobretudo quando se busca deslegitimar vozes que têm incomodado determinados interesses. Não é coincidência que tais ataques venham à tona justamente quando recebo o reconhecimento público da tropa, da sociedade civil e da categoria militar pelas conquistas obtidas em defesa dos direitos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco. Como diz a sabedoria popular: “a árvore que dá bons frutos é sempre a mais atacada.”
Diante da gravidade dos fatos, busquei esclarecimentos junto ao ex-diretor jurídico da entidade, que confirmou não ter sequer tomado conhecimento do processo, mesmo sendo o responsável legal à época. Segundo ele, houve uma articulação deliberada para que eu fosse incluído no processo à revelia, impedindo-me, assim, de exercer meu pleno direito à ampla defesa e ao contraditório, princípios basilares do Estado Democrático de Direito. Esse tipo de manobra levanta sérias dúvidas quanto à legalidade, à transparência e à integridade do procedimento judicial adotado.
Reitero de forma inequívoca: minha consciência está absolutamente tranquila. Tenho uma trajetória construída com trabalho, coragem e compromisso com a verdade, nunca me rendi a interesses escusos e jamais me prestei ao papel de representante-fantoche de grupos oportunistas, que historicamente tentam se perpetuar no poder às custas do sacrifício da base militar.
Sou reconhecido dentro e fora das corporações como uma liderança combativa, que nunca se curvou diante das injustiças e que sempre atuou com firmeza e responsabilidade na defesa da categoria. Não temo investigações. Temo, sim, a manipulação de processos e o uso indevido de estruturas institucionais para fins de perseguição política.
Recebi ainda a informação, vinda de fontes próximas, de que a própria assessoria da ACS-PE teria impulsionado a publicação da matéria contra minha honra, com o claro objetivo de prejudicar minha imagem e me excluir da disputa eleitoral da entidade. Caso tal fato seja confirmado, estaremos diante de um gravíssimo desvio de finalidade e do possível uso indevido dos recursos dos associados, protagonizado por um grupo que sequer foi eleito legitimamente pela categoria e que hoje, desprestigiado e sem apoio da base, recorre ao ataque pessoal como último recurso político.
Sigo firme, sereno e determinado. Com a consciência tranquila de quem nunca deveu, e com a coragem, o respeito e a integridade de quem sempre esteve ao lado certo da história: ao lado dos policiais e bombeiros militares de Pernambuco.
A verdade, ainda que tardiamente, sempre prevalece.
Nadelson Leite









