Do Correio Braziliense – O jornalista Luiz Recena Grassi morreu nesta terça-feira (14/10), em Brasília, aos 73 anos. O velório está acontecendo nesta tarde, das 15h às 17h, na Capela 7 do Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul. A família informou que não haverá sepultamento, pois o corpo será cremado na quarta-feira (15/10).
Recena enfrentava problemas de saúde e estava sob cuidados médicos nas últimas semanas. Luiz deixa a esposa e jornalista, Rozane Oliveira, e dois filhos: Jaime Recena, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (ABICAB), e o jornalista Diego Recena.
Com uma carreira de mais de quatro décadas na imprensa, Recena acumulou passagens marcantes por importantes veículos nacionais e internacionais. Entre 1982 e 1985, atuou na Rede Globo de Televisão como chefe de reportagem, além de editor do Jornal Nacional e do Jornal da Globo. Foi repórter especial do Correio Braziliense entre 1986 e 1997, período em que trabalhou como correspondente internacional em Moscou e Paris.
Entre 1988 e 1992, colaborou com a agência russa Tass, no serviço de notícias em português, e simultaneamente foi correspondente para veículos como Jornal do Brasil, Agência Estado, Rádio Eldorado, Diário de Notícias (Lisboa) e Deutsche Welle. De 1998 a 2004, foi diretor de redação da Gazeta Mercantil, também assumindo a direção-regional das sucursais de Brasília, Recife e Rio de Janeiro. Em 2005, comandou a reformulação editorial da Tribuna do Brasil como editor-chefe.
Graduado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), em 1975, Recena era um profissional respeitado e voz atuante na imprensa brasiliense. Também era reconhecido por sua postura crítica, integridade e dedicação ao ofício jornalístico.
Recena também era escritor e lançou pela editora SENAC/DF o livro Baco — em busca da pizza perfeita, que narra a história dos 10 anos do restaurante, em 2009. Outra obra foi Rússia condenada, a primeira guerra mundial com alta tecnologia, resultado do período como correspondente no exterior. Também foi editor responsável da obra Constituição & Democracia.
Nosso repórter, Luiz Roberto Marinho, também deu um belo testemunho sobre o coleguinha que se foi
“Pena redonda, contador incansável de causos, o gaúcho de Uruguaiana Luiz Recena era uma unanimidade entre os colegas jornalistas de Brasília, pelo caráter, pela conversa sempre agradável, pela disposição de ajudar os amigos. Foi editor em Brasília da extinta Gazeta Mercantil, trabalhou no Recife depois do fechamento do jornal, montou um bar na Bahia, morou em Moscou. Lutou bravamente por anos contra uma doença no fígado, que não o deixava se abater. No nosso último encontro, por acaso, num shopping, no final do ano passado, estava em cadeira de rodas, mas fez questão de tomarmos juntos um sorvete e falar dos planos do futuro, uma resenha semanal para uma revista de Brasília. É uma grande perda”, disse ele.









