Do Uol – O presidente dos EUA, Donald Trump, confirmou hoje ter autorizado a CIA, agência de espionagem norte-americana, a conduzir operações secretas na Venezuela. Ele também disse “considerar” ataques em terra contra cartéis venezuelanos. O presidente Nicolás Maduro, respondeu pedindo “respeito à soberania”.
Republicano afirmou que os EUA “certamente” estão olhando para o solo venezuelano. Em entrevista coletiva, Trump sugeriu que os ataques terrestres poderiam ser uma ótima opção porque os EUA já têm o “mar muito bem controlado”. A ação seria uma intensificação das operações norte-americanas no mar, cujos alvos são embarcações que supostamente estariam fazendo o transporte de drogas.
Trump também confirmou que autorizou a CIA a conduzir operações secretas na Venezuela. A confirmação ocorreu horas após o jornal The New York Times divulgar que o governo dos EUA permitiu secretamente que a agência conduzisse operações “secretas e letais”.
Autorização para operações ocorreu por dois motivos, segundo Trump. O primeiro seria porque a Venezuela estaria libertando muitos prisioneiros, que estariam cruzando a fronteira e entrando nos EUA — sem detalhar qual fronteira estaria sendo utilizada. Apesar das declarações, não há evidências que a Venezuela tenha intencionalmente direcionado pessoas a migrarem ao país. O segundo motivo seria a grande quantidade de drogas que entram nos Estados Unidos, vindas da Venezuela, muitas delas por via marítima.
Trump, porém, se negou a responder se a CIA poderia “remover” o presidente venezuelano, Nicolás Maduro. O republicano ainda afirmou ao jornalista que fez o questionamento: “É ridículo me fazer essa pergunta. Na verdade, não é uma pergunta ridícula, mas não seria ridículo se eu a respondesse?”
Para o republicano, a Venezuela e outros países têm sentido a “pressão” das ações norte-americanas. Até o momento, pelo menos 27 pessoas morreram em ataques norte-americanos em alto-mar. Especialistas questionam a legalidade desse tipo de operação, que utiliza força letal em águas internacionais contra suspeitos que não foram detidos, nem interrogados. O governo republicano também enfrenta oposição dos democratas no Legislativo, que exigem explicações sobre os ataques.









