Luiz Henrique Mandetta, ao chegar para a sua derradeira entrevista no Ministério da Saúde e é aplaudido de pé por funcionários da pasta. Ele começa fazendo elogios à sua equipe. Nas redes, as elogios são de políticos ao ex-Ministro da Saúde.
“Ser demitido deste governo é ser absolvido pela história”
O deputado Fábio Trad (PSD) escreveu no Twitter uma mensagem para o seu primo Luiz Henrique Mandetta:
“Para quem é punido por suas virtudes, e não pelos defeitos: não se deixe abater com a demissão, pois ser demitido deste governo é ser absolvido pela história. Cabeça erguida, primo! Te amo!”
Irresponsável
O deputado Kim Kataguiri (DEM), em vídeo nas redes sociais, disse que a demissão de Luiz Henrique Mandetta é um gesto “insensato” e “irresponsável”.
Kataguiri afirmou que os motivos para a demissão de seu correligionário são meramente “politiqueiros”.
Brasil Perde
Joice Hasselmann, líder do PSL na Câmara, foi ao Twitter lamentar a demissão de Luiz Henrique Mandetta.
“O ex-ministro foi o grande responsável por estruturar a resposta do governo federal ao coronavírus. Reconheceu o risco da doença e a importância do isolamento social. Amparando-se na ciência, exerceu o papel de líder na crise. O Brasil e a saúde perdem.”
A luta contra o novo Coronavírus não deve ser politizada.
“A saída de Luiz Henrique Mandetta do comando do Ministério da Saúde é uma perda que, como brasileiro, lamento profundamente. Mandetta vinha desempenhando um trabalho responsável neste momento de caos e incertezas que vivemos e esta troca de comando no Ministério da Saúde, neste momento, nos deixa alarmados.
A luta contra o novo Coronavírus não deve ser politizada. É um enfrentamento que precisa ser feito por todas as esferas políticas, governos federal, estaduais e municipais, sempre colocando a vida do cidadão em primeiro lugar. Ao novo ministro da Saúde desejo sorte. Enquanto parlamentar, e um dos coordenadores da bancada de Pernambuco, sigo meu trabalho em votações que contribuam de maneira efetivas, tanto para o Brasil, quanto para os pernambucanos, na minimização dos impactos negativos desta pandemia”, disse o Deputado Federal Augusto Coutinho (Solidariedade-PE).

Acerto de Contas
O líder do PSB na Câmara, deputado Alessandro Molon, também comentou a demissão de Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde.
“Desde o começo desta crise, Bolsonaro escolheu o caminho da negação e guiou suas decisões pelo achismo, politizando o que deveriam ser ações técnicas com critérios científicos.”
Torcida
O líder do Cidadania na Câmara, Arnaldo Jardim, disse esperar que o novo ministro da Saúde tenha como parâmetro “ciência, ciência e mais ciência”.
O deputado afirmou, em nota, que o Legislativo precisará continuar atento para que não haja retrocesso.
“É ciência, ciência e ciência. Esperamos que esse seja o parâmetro do novo titular da Saúde. Com a saída de Mandetta, torcemos para que não seja demitida a política do isolamento social, a transparência na divulgação de dados sobre o novo coronavírus, a integração da pasta com municípios e estados, ou seja, tudo aquilo que era uma política pública bem desenvolvida até então.”
E mais:
“É claro que é prerrogativa do chefe do Executivo nomear e demitir seus ministros, mas Câmara e Senado deverão redobrar a atenção no sentido de zelarem por tudo aquilo que já foi deliberado. Ou seja, o Parlamento não poderá tolerar qualquer medida palaciana que ponha em risco a saúde dos brasileiros.”
Não Aguentava mais
O deputado Júlio Delgado (PSB) disse, em vídeo nas redes sociais, que Luiz Henrique Mandetta, agora ex-ministro da Saúde, “não suportava mais ser contestado e desafiado pelo próprio presidente”.
Para Delgado, as consequências de uma eventual mudança na orientação de isolamento agora devem ser arcadas inteiramente por Jair Bolsonaro.







