Por Ricardo Antunes – É de R$ 350 milhões, bancados pela Neonergia, o custo estimado do projeto Noronha Verde, a ser lançado pela governadora Raquel Lyra (PSD), juntamente com o presidente Lula, no próximo dia 8, para abastecer com energia solar de painéis e baterias 95% do consumo da ilha.
Será a primeira visita de Raquel a Noronha desde a posse e a retomada de seu contato com o presidente da República, cujas duas últimas incursões a Pernambuco, em maio e agosto, não tiveram a companhia dela.
O projeto Noronha Verde, acertado há mais de um ano entre Raquel e a Neoenergia, reduzirá em até 85% as emissões de CO2 na ilha, que tem atualmente 90% do consumo de energia abastecido por termoelétrica a diesel, consumindo 9,2 milhões de litros por ano. Lula e Raquel anunciarão o início das obras ainda em novembro, com operação no primeiro semestre de 2026.

A Neoenergia, concessionária em Pernambuco há 25 anos, prevê o começo da segunda fase do projeto após a revisão do Plano de Manejo de Noronha, em execução pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), que deverá estar concluída em meados de 2026.
A revisão deve liberar áreas adicionais para implantação dos painéis fotovoltaicos e baterias restantes, que ainda não podem ser instalados por restrições de proteção ambiental vigentes no Plano de Manejo atual.
Santuário ecológico reconhecido pela Unesco como Patrimônio Mundial Natural desde 2001, Fernando de Noronha, contraditoriamente, tem sua energia elétrica abastecida por óleo diesel, altamente poluidor.
A Neoenergia opera atualmente na ilha dois sistemas de energia solar, com painéis fotovoltaicos e módulos de silício, Noronha I e Noronha II, que fornecem apenas 1.400 megawatts por ano, que correspondem a 10% do consumo. O projeto a ser lançado por Lula e Raquel tornará a ilha praticamente autossuficiente na produção e consumo de energia limpa.









