Do G1 – ‘Isso é inegociável’ – O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta terça-feira (11) que a Casa não permitirá que a Polícia Federal perca suas atribuições, e que isso é uma condição “inegociável”.
Mais cedo, ele já havia dito ao blog de Camila Bomfim que a corporação deve ser fortalecida e valorizada no combate ao crime organizado no país.
“A Câmara não permitirá, em nenhum momento, que a PF perca suas prerrogativas. Essa é uma condição inegociável. Tanto é que o próprio relator, desde o dia ontem, por intermédio nosso, conversou com o diretor-geral da Polícia Federal”, disse o presidente da Casa.
“Quero tranquilizar a sociedade de que desvirtuar o debate de que a Câmara está atrás de tirar competências da PF, isso não é verdade. Nós vamos pelo contrário”, prosseguiu.
O papel da PF no enfrentamento às facções criminosas e a atuação das forças de segurança federais entrou no centro dos debates após o deputado federal Guilherme Derrite (PP-SP), relator do projeto de lei Antifacção na Câmara dos Deputados, propor uma série de mudanças no texto do governo.
Entre as alterações, Derrite propôs uma limitação da atuação da PF nos estados, o que gerou críticas sobre uma eventual falta de autonomia da corporação nas investigações contra o crime organizado.
O presidente da Câmara afirmou que deve se reunir com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, nesta tarde para tratar do projeto. A expectativa é que o encontro ocorra no início da tarde desta terça.
Segundo Motta, a expectativa é que Lewandowski contribua apresentando as demandas da pasta para fortalecer a PF.
Questionado por jornalistas, Motta não quis cravar uma data para a votação do projeto. O presidente da Câmara sinalizou apenas que Derrite seguirá discutindo o texto e que espera que o relator entregue, até o final do dia, um novo parecer.









