Por André Beltrão – Funcionário de carreira da Caixa Econômica Federal, Paulo Henrique Costa foi indicado para a presidência do BRB no início do governo de Ibaneis Rocha (MDB), com o aval do Centrão, e acabou demitido pelo governador após ter sido afastado judicialmente do cargo por 60 dias.
A PF apura suspeitas de crimes na operação de venda do Banco Master para o BRB. Costa estava nos Estados Unidos na manhã de terça-feira, 18, quando a Justiça o retirou do cargo por 60 dias e autorizou mandados de busca e apreensão contra ele. Os investigadores chegaram a solicitar sua prisão, mas a Justiça não autorizou a medida.
O pernambucano é torcedor do Santa Cruz e havia prometido ajudar o clube. Ele teve pelo menos duas reuniões com o presidente Bruno Rodrigues e com o deputado federal Augusto Coutinho.
Em nota, ele disse que a investigação é “legítima, necessária e positiva para o fortalecimento das instituições e para assegurar a transparência no sistema financeiro”. “Aquisições de carteiras são operações tradicionais do mercado financeiro. No caso do Banco Master, o BRB identificou, no primeiro quadrimestre, divergências documentais em parte das operações, comunicou o fato ao Banco Central do Brasil e promoveu, em sua grande maioria, a substituição dessas carteiras”, afirmou.
Costa disse ainda que o BRB revisou a documentação, reforçou controles e ajustes de processos e adotou medidas para mitigar riscos e preservar a instituição. “Reitero meu compromisso de cooperar integralmente com as autoridades e de disponibilizar todas as informações necessárias para o completo esclarecimento dos fatos. Zelo pela transparência e pela legalidade em todas as minhas ações e confio que a apuração trará os devidos esclarecimentos”, afirma.








