Por Luiz Roberto Marinho — Ciúmes e uma traição, que teria sido comprovada por um pix enviado à suposta amante pelo juiz Carlos Eduardo das Neves Mathias: foram estes os motivos que levaram sua esposa, a contadora Maria Natália da Silva Tavares, de 33 anos, a atirar nele na manhã desta quinta-feira (27), na residência do casal, perfurando o tórax e levando a vítima a ser internada na UTI do Hospital Reginaldo Fernando Bezerra, em Ouricuri, no Sertão.
A motivação foi revelada pela própria Maria Natália, em depoimento à polícia, no qual afirmou que o marido já havia lhe manifestado a disposição de se separar dela. O funcionário da Vara de Ouricuri, onde atua o juiz, chamado num vídeo dramático de WhatsApp para socorrê-lo assim que levou o tiro, disse à polícia que Carlos Mathias já lhe confessara que a esposa era “pessoa ciumenta e de difícil convívio”.
A arma usada foi um revólver Taurus 9mm que, segundo o depoimento de Maria Natália, pertencia ao juiz e foi sacada por ela na gaveta do quarto do casal. A versão da contadora relata que ela ficou ao lado dele depois do tiro e acionou o socorro médico. A polícia encontrou Maria Natália ensanguentada e a arma do crime, que foi apreendida, em cima da cama. Um outro revólver Taurus foi igualmente apreendido. As duas armas tinham registro.
A delegada Camila Nogueira pediu à Justiça a conversão da prisão em flagrante de Maria Natália em prisão preventiva, por tentativa de homicídio qualificado por motivo torpe. Um dos médicos que atendeu Carlos Mathias informou ao assessor do juiz na Vara de Ouricuri que o tiro foi próximo ao coração e colocou a vítima em perigo de morte.








