Da Redação do Blog – A prisão, em fevereiro, do policial penal Charles Belarmino de Queiroz Silva pela Polícia Federal marcou a queda de um dos homens mais poderosos do sistema prisional pernambucano. Até dezembro passado, Belarmino comandou por mais de cinco anos, com total autonomia, o Presídio de Igarassu, na Região Metropolitana do Recife, onde mandava e desmandava e mantinha forte prestígio na cúpula da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap).
Relembrado na Retrospectiva de 2025, o caso foi publicado originalmente em 25 de fevereiro de 2025 e expôs os bastidores de uma das unidades mais problemáticas do Estado.
A derrocada começou com a Operação Chamada Restrita, que desarticulou um esquema de extorsões comandadas por detentos via celular a partir do presídio. No mesmo dia da operação, Belarmino foi exonerado, assim como o então secretário-executivo da Seap, André de Araújo Albuquerque. Ambos só descobriram que estavam fora dos cargos ao chegarem para trabalhar.
Após a mudança no comando, a realidade veio à tona. Em 13 de janeiro, já sob nova direção, uma revista no pavilhão A resultou na apreensão de 32 celulares, dezenas de acessórios e grande quantidade de drogas, algo que não ocorria durante a antiga gestão.
O Presídio de Igarassu é o retrato do colapso: com 447% de superlotação, abrigava mais de 5 mil presos em pouco mais de mil vagas, segundo auditoria do TCE.








