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Home Brasil

Com afrouxamento da quarentena, epidemia do coronavírus acelera no Brasil

Cientistas alertam que violação de políticas de isolamento social pode prolongar pico da doença

Ricardo Antunes Por Ricardo Antunes
01/05/2020 - 12:28
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Rafael Garcia e Renato Grandelle – A tendência de registro de novos casos e mortes da Covid-19 parece estar seguindo à risca no Brasil a estimativa de cientistas de que as oscilações no nível de adesão à quarentena demoram duas semanas a serem sentidas. Quando a mobilidade de pessoas atingiu o mínimo da tendência no país, em 24 de março, a epidemia esboçou desaceleração 15 dias depois. Naquele dia, a procura por transporte público caiu 69% em relação a janeiro, segundo dados do Google com base em celulares rastreados.

 

Mas o isolamento social daqueles que podem ficar em casa, feito para reduzir o contato entre as pessoas (inclusive as não infectadas) e desacelerar a disseminação da doença, começou a se reduzir em força depois disso, e perdeu um quinto da adesão até 17 de abril.

Ontem, 13 dias depois desse relaxamento, o número de casos engatou tendência de alta pelo quarto dia seguido, com 7.218 novos casos notificados num único dia, o recorde até agora, além de 435 mortes. O país tem agora 85.380 casos confirmados e 5.901 óbitos.

O atraso de duas semanas entre ação e reação é fruto do ciclo de transmissão do vírus, que leva em conta o tempo de a pessoa se contaminar, transmitir o vírus a outra, e a nova pessoa infectada apresentar sintomas.

Nos dados do Google para o Brasil, em 10 de abril, Sexta-feira Santa, os brasileiros ficaram mais em casa e bateram o recorde de adesão ao isolamento. Duas semanas depois, em 26 de abril, o número diário de registros da doença também caiu, como em coreografia.

Em sua transmissão de vídeo nas redes sociais ontem, o presidente Jair Bolsonaro voltou a insinuar que a política de distanciamento social não funciona.

— Pelo que estamos vendo, até agora todo empenho para achatar a curva praticamente foi inútil — afirmou, em declaração que contraria o consenso científico.

Em Florianópolis, um decreto que determinou a quarentena do comércio de rua foi revogado Foto: Eduardo Valente

Evidências

O economista Hakan Yilmazkuday, da Universidade Internacional da Flórida, realizou um estudo olhando para dados de mobilidade do Google em 127 países, e viu uma forte correlação.

“Os resultados sugerem que um aumento de 1% na permanência semanal em residências leva a cerca de 50% menos casos semanais de Covid-19 e cerca de 4% menos mortes pela doença”, escreveu em estudo preliminar no portal SSRN. “Um decréscimo de 1% em visitas a terminais viários leva a cerca de 22% menos casos de Covid-19 e 2% menos mortes.”

Para quase todos os parâmetros, os brasileiros parecem ter respeitado mais suas quarentenas até a última semana de março. Mas, desde então, à exceção da Sexta Santa, a população parece estar aos poucos comprometendo o distanciamento social. O relaxamento coincide com o período em que Bolsonaro acirrou a queda de braço com governadores pedindo retomada da economia.

O ministro da Saúde, Nelson Teich, disse ontem que a diretriz do governo de flexibilizar o distanciamento social no país está pronta. Ele afirmou temer, no entanto, que ela seja alvo de “polarização” e transformada em “ferramenta da discórdia”. Mas reconheceu que há risco de a pandemia se agravar:

— Em relação a um possível número de mortes, hoje a gente está perto de 500 mortes, 400. O número de mil, se estivermos num movimento, num crescimento significativo da pandemia, é um número que é possível acontecer.

O estatístico Benilton Carvalho, da Unicamp, que estuda a dinâmica da Covid-19 no Brasil, enxerga tendência de reversão no comportamento do brasileiro. Apesar de uma boa adesão ao isolamento social até o começo de abril em parâmetros como mobilidade e frequência a lojas e parques, desde o final de março a visita a familiares está aumentando. Por isso, nas últimas semanas, índices de contágio podem ter sido impulsionados dentro de casa.

Transmissão doméstica

— Muitas vezes olhamos para o núcleo familiar e pensamos que estamos protegidos ali, e ignoramos que alguém pode estar manifestando sintomas relacionados à Covid — afirma Carvalho. — As visitas domiciliares, na verdade, são o primeiro estágio. Aos poucos, a população pode desistir do recolhimento e reconquistar o espaço público.

Algumas projeções traçadas por especialistas indicam que o pico da pandemia do coronavírus no Brasil pode ocorrer na segunda quinzena de maio. Segundo Carvalho, muitas pessoas que morrerão neste período começaram a ser infectadas já na semana passada.

Flávio Guimarães da Fonseca, virologista da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), defende a análise que correlaciona medidas de isolamento e desaceleração da epidemia:

— Foi comprovado no mundo inteiro que o distanciamento social é absolutamente necessário. Qualquer sociedade que adotar uma flexibilização precisará pagar um preço que pode ser alto demais.

Fonseca reconhece que as pessoas estão “saturadas” de ficar em casa e que há relatos sobre o aumento de casos sobre doenças associadas à depressão.

— Quando alguém pergunta se pode visitar a mãe, digo que tecnicamente não é recomendável, e que não devemos sair do isolamento. Mas não é esta a resposta que as pessoas querem ouvir — afirma o pesquisador. — Cabe às autoridades balizar a voz dos cientistas e mostrar a importância da adesão ao isolamento social, mas a população tem recebido sinais muito confusos do governo. O coronavírus não pode ser politizado.

Tags: CoronavírusCovid-19Saúde
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Ricardo Antunes

Ricardo Antunes

Ricardo Antunes é jornalista, repórter investigativo e editor do Blog do Ricardo Antunes. Tem pós-graduação em Jornalismo político pela UnB (Universidade de Brasília) e na Georgetown University (EUA). Passou pelos principais jornais e revistas do eixo Recife – São Paulo – Brasília e fez consultoria de comunicação para diversas empresas públicas e privadas.

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