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Opinião: Até onde irá a força das ruas?

Ricardo Antunes Por Ricardo Antunes
21/09/2019 - 17:22
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Por Helio Gurovitz

Nas ruas, no Congresso e na Justiça, o governo Jair Bolsonaro enfrenta desafios gigantescos. O dia de ontem levantou uma dúvida concreta sobre sua capacidade de enfrentá-los. A principal pergunta ainda sem resposta é simples: até onde irá a pressão sobre o governo?

Os protestos em defesa das verbas para a educação, que tomaram conta de 200 cidades brasileiras, serão a semente de uma ameaça real capaz de derrubar Bolsonaro? Serão um movimento de massas recorrente, como em 2013 e 2015, ou se dissolverão no oceano difuso das reivindicações políticas por interesses específicos?

A reação do presidente, ao chamar os manifestantes de “imbecis”, “idiotas úteis” e “massa de manobra”, traduz desprezo. Bolsonaro parece acreditar que se trata apenas de uma mobilização de esquerda, incapaz de atingir o núcleo que irrompeu nas ruas em 2013, voltou em 2015 para derrubar Dilma Rousseff e apostou nele contra o PT nas eleições.

Trata-se de um equívoco enorme. Apesar de contaminado por oportunistas que brandiam faixas contra a reforma da Previdência ou em prol da libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a alma dos protestos era outra: a defesa da educação.



Predominavam nos cartazes slogans como “Mais educação, menos armas”; “Me livro de armas e me armo de livros”; “Educação não é gasto, é investimento”; “Educação não é mercadoria”. Bolsonaro tem o direito de pensar o que quiser dos manifestantes, mas tem obrigação de entender o recado das ruas.

Para a economia brasileira e para o futuro do país, a educação é incomensuravelmente mais importante que a (necessária) reforma da Previdência ou qualquer outra imposição da (urgente) agenda de equilíbrio nas contas públicas. Tratar a questão como um embate ideológico, como faz o governo desde o início, demonstra apenas ignorância. Somada à inépcia de Bolsonaro para a política, poderá selar uma sentença fatal para seu governo.

As duas outras fontes de ameaça, menos rumorosas, mas também relevantes, também se manifestaram ao longo do dia de ontem. No front da Justiça, vieram à tona detalhes do pedido de quebra do sigilo bancário do senador Flávio Bolsonaro, de seu ex-assessor Fabrício Queiroz e de dezenas de assessores – cinco dos quais trabalharam no gabinete da Câmara do próprio Bolsonaro.

O Ministério Público carioca viu indícios de uma “organização criminosa” no gabinete de Flávio, revelou o jornal O Globo. Flávio é ainda acusado, de acordo com a revista Veja, de ter movimentado R$ 9,4 milhões em 19 transações imobiliárias suspeitas, em que obteve lucros da ordem de R$ 3,1 milhões, que levantam fortes indícios de “lavagem de dinheiro”.

Mesmo que as investigações não venham a atingir diretamente o presidente, é impossível evitar que ele seja contaminado pelo noticiário negativo, já que foi eleito empunhando a bandeira do combate à corrupção e prometeu promover uma devassa contra corruptos. Que acontece se ficarem comprovadas maracutaias de seu próprio filho?

No front parlamentar, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, se viu obrigado a comparecer para prestar esclarecimentos sobre os cortes na sua pasta. Não passou a mesma vergonha que seu antecessor, Ricardo Vélez. Mesmo assim, era evidente o clima de confronto. Sem base parlamentar consolidada, o governo foi desafiado pelos próprios aliados, que garantiram ter ouvido de Bolsonaro a confirmação do cancelamento dos cortes.



As dificuldades de relacionamento de Bolsonaro com o Congresso são evidentes desde o início do governo. Não custa lembrar que, no período democrático, todos os presidentes que decidiram enfrentar o Congresso caíram. A situação só tem piorado, como demonstra a sucessão de episódios de conflito entre Executivo e Legislativo:

  1. Revogação do decreto de Bolsonaro sobre a Lei de Acesso à Informação;
  2. Dificuldade de articulação para a votação da reforma da Previdência;
  3. Mudança na Medida Provisória da reforma ministerial, que retirou do Coaf da alçada do Ministério da Justiça;
  4. Intenção do Parlamento de modificar as novas regras para o porte de armas, consideradas inconstitucionais;
  5. Transformação do convite a Weintraub para falar sbre os cortes na Educação em convocação.

De nada adianta Weintraub se perder em discussões bizantinas sobre a diferença entre cortes e contingenciamento, nem argumentar que o bloqueio de US$ 1,7 bilhão representa apenas 3,4% dos gastos totais com o ensino superior (ou 24,8% dos não-obrigatórios). Nada disso mudará o humor dos parlamentares.

Muito menos, como fizeram ontem apoiadores do governo nas redes sociais, lembrar que o valor corresponde a apenas 17 horas de despesas com benefícios da Previdência. Tudo isso é verdade, mas irrelevante do ponto de vista político. Política é o terreno da percepção e, no mundo da imagem, o governo já perdeu a batalha. Que parlamentar ousará desafiar as ruas?

E, nas ruas, Weitraub será para sempre aquele que, antes de qualquer protesto, falou em punir universidades pela “balbúrdia”, depois quis aplicar um corte seletivo a três delas, acabou estendendo a todas e criou um conflito desnecessário, opondo o governo a um dos setores com maior capacidade de mobilização do país. Bolsonaro, chamando todos de “idiotas úteis”, só faz atiçar a fogueira que poderá queimá-lo.

Helio Gurovitz é colunista do Portal G1

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Ricardo Antunes

Ricardo Antunes

Ricardo Antunes é jornalista, repórter investigativo e editor do Blog do Ricardo Antunes. Tem pós-graduação em Jornalismo político pela UnB (Universidade de Brasília) e na Georgetown University (EUA). Passou pelos principais jornais e revistas do eixo Recife – São Paulo – Brasília e fez consultoria de comunicação para diversas empresas públicas e privadas.

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