32.ª fase constitui, aliás, um desdobramento da 22.ª fase da Lava Jato, que teve como alvo a Mossack Fonseca & Corporate Services, uma vez que os representantes do banco clandestino utilizavam os serviços da Mossack Fonseca para constituir offshores para seus clientes e procediam à abertura e gerenciamento de contas sediadas no exterior para eles, tudo por intermédio de escritório localizado em São Paulo.
Foram identificadas, por ora, 44 offshores constituídas pela Mossack Fonseca por solicitação dos funcionários do banco clandestino. Em documentos apreendidos na 22.ª fase a instituição financeira panamenha é apontada como cliente e constam como referência exatamente os funcionários do banco que atuam no Brasil.
Além disso, por ocasião do cumprimento das medidas ostensivas da 22.ª fase, foram colhidos fortes indícios de que a Mossack Fonseca e o banco clandestino atuavam em conjunto para constituir e registrar offshores para brasileiros, inclusive para futura venda a interessados em por meio delas promover ocultação patrimonial.
Dessa forma, os funcionários do banco panamenho no Brasil, além de atuarem de forma clandestina, garantiam anonimato aos seus clientes, pois, a partir da constituição das offshores, abriam e gerenciavam contas bancárias no exterior em seus nomes, permitindo a ocultação dos valores, havendo evidências de que offshores fornecidas pela Mossack foram usadas para ocultar recursos provenientes dos desvios perpetrados em detrimento da Petrobras.







