Com informações da Assessoria de Imprensa
As cidades de Toritama, Barreiros, Bezerros e São Lourenço da Mata
receberam durante o mês de maio orientações sobre a cartilha “Informações sobre
o Abuso Sexual na Primeira Infância” material que destrincha as violências
sexuais contra crianças e adolescentes.
Os encontros que aconteceram nos dias
6, 16, 24 e 28, respectivamente, aconteceram durante os Seminários sobre o
Enfrentamento às Violências Sexuais contra Crianças e Adolescentes e reuniram
profissionais municipais da assistência social, saúde e educação. Recife recebe
os direcionamentos nesta quarta-feira (29), no auditório do Centro
Universitário Maurício de Nassau (Uninassau), das 8h às 12h.
A cartilha aborda desde o conceito do que é o
abuso sexual, como ocorrem e as implicações do crime no comportamento das
crianças, até as instruções sobre como a rede de proteção se configura. O
material faz parte das ações do
programa estadual Atenção Redobrada,
que é coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude
(SDSCJ).
Durante as conversas, o gerente estadual de
Políticas para a Criança, Macdouglas de Oliveira, destacou a importância do
trabalho integrado entre os órgãos que realizam o atendimento e a acolhida da
vítima. “Muitas vezes nós não sabemos sobre o trabalho do profissional do órgão
e isso é muito ruim quando pensamos em trabalho em rede, pois não há integração
entre os equipamentos e, por consequência, entre os serviços oferecidos. E
nessa situação só quem perde é a vítima que vai ficar desamparada e
negligenciada”, afirmou.
Na apresentação, o gestor pontuou a necessidade
de quebrar preconceitos e de orientar a população sobre seu papel enquanto
integrante da rede de proteção. “A rede também é composta pelos atores sociais.
O vizinho, o pai, irmão. Existem muitas vítimas de abuso e exploração sexual
que não denunciam por falta de informação ou por medo”, ressaltou.
Em 2018, a Ouvidoria Social do órgão
contabilizou 335 casos de abuso sexual de crianças e adolescentes. Em relação à
exploração sexual, foram registradas 944 casos no ano passado. “Os
profissionais da rede de proteção precisam viabilizar a autoproteção para
possibilitar que a vítima entenda até onde aquele gesto é carinho e ter maior
entendimento do que é a violação.
Além disso, é de extrema importância que haja
o estímulo à coragem em denunciar os agressores”, destacou Macdouglas de
Oliveira.







