Por Noelia Brito — A compra de máscaras pela Prefeitura de Petrolina, que é comandada por um dos filhos do bolsonaristas de Fernando Bezerra Coelho, o jovem prefeito Miguel Coelho, também virou caso de polícia.
Denúncia protocolada ontem pelo líder da oposição na Câmara dos Vereadores, Paulo Valgueiro, junto à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal aponta para um suposto superfaturamento de 211% na compra de máscaras cirúrgicas descartáveis. Segundo a denúncia, ao comprar 500 mil máscaras por R$ 3,75, a unidade, cujo preço de mercado é, em média, R$ 1,25 e que foram compradas pelo Ministério da Saúde por R$ 0,96, a Prefeitura de Petrolina teria gasto R$ 1,385 milhão a mais que o Ministério, pelas mesmas máscaras, num superfaturamento de 285%, já que pela mesma quantidade, o Ministério da Saúde teria pago R$ 480 mil.
Ainda segundo a denúncia, a Prefeitura de Juazeiro, que fica logo ali, do outro lado da Ponte Presidente Dutra, comprou as máscaras pagando R$ 1,50, por unidade. Se comparada com Petrolina, a aquisição pela prefeitura do filho de FBC teria cometido um superfaturamento de R$ 1,115 milhão, ou seja, de 149%.
O denunciante também comparou os preços usados por Petrolina com os de outra prefeitura ali próxima, a de Senhor do Bonfim, que comprou cada unidade das máscaras por R$ 1,20, que em comparação com Petrolina saíram, para esta, num valor global superior em 211% àquele que teria sido pago se adotado o mesmo preço unitário que Senhor do Bonfim.
O caso será investigado pela Superintendência da Polícia Federal na Bahia, já que investigações federais naquela Região, em razão da proximidade, são investigadas pela Delegacia da Polícia Federal em Juazeiro.
Procurada pelo Blog, a Prefeitura de Petrolina afirmou que se pronunciaria até às 11:00hs da manhã de hoje, mas até a publicação da matéria não havia dado retorno. No entanto, o espaço segue aberto para manifestação da Prefeitura.
