Por Ricardo Antunes — É sempre assim. Antigamente você recebia a notícia das partidas das pessoas pelo telefone. Hoje, é pelo face ou por um conhecido. Soube que o baiano (e bom pernambucano) se foi pela manhã. Não sabia que ele estava com problemas de saúde.
Além de inteligente, sábio e músico, Laureano tinha uma virtude. Não reclamava o passado, nem xingava o destino. Por isso, não abria mão de um bom vinho com os amigos e com sua Vana Lúcia, sempre elegante. Como ele também fazia questão de ser.
Boa conversa, boas histórias pra contar, gostava de marketing e de política. Tarcísio era leve, alegre, sagaz. Era um amigo que, em algumas horas, me apontou alguns caminhos e “puxou” minha orelha com carinho.
Laureano era, sobretudo, um poeta. E quando um poeta se vai, o mundo fica mais triste.