Da Redação – Diante da repercussão da operação da Polícia Civil, deflagrada pelo DRACCO, e na tentativa de esconder a ligação da Prefeitura de Petrolina com Maria Verônica Bezerra Melo Leal e Oscar Gama Filho, investigados na “Operação Ripstop”, o prefeito Miguel Coelho (MDB) assinou a portaria que suspendeu os servidores, nessa sexta-feira (19).
Uma manobra, 72 horas depois, que leva a crer que os servidores possam ser bodes expiatórios de Miguel Coelho, tendo em vista que ambos são cargos de confiança, comissionados e ligados diretamente ao prefeito de Petrolina.
Oscar Gama era secretário executivo, lotado na Secretaria de Educação. Já Maria Verônica era a pregoeira oficial do município, lotada na Superintendência Geral de Licitações, e trabalhou na gestão do senador Fernando Bezerra Coelho, enquanto prefeito de Petrolina, e voltou a ocupar cargo de confiança no governo do filho, atual gestor municipal.
Com o afastamento dos investigados, acredita-se que “muita água há de rolar no Rio São Francisco”.

Operação Ripstop
A operação foi deflagrada na manhã da última terça-feira (16), com o objetivo de investigar crimes de fraudes em licitações; uso de documentos falsos; lavagem de dinheiro e promoção e integração de organização criminosa. De acordo com a investigação policial, a suspeita é de que o valor fraudado em licitações seja de R$ 132 milhões.
A operação Ripstop ocorreu nos municípios do Recife, Olinda, Paulista, Camaragibe e em Petrolina.
O outro lado
Em nota, no dia em que foi deflagrada a operação, a prefeitura de Petrolina disse que a Operação Ripstop não cumpriu nenhum mandado em suas instalações e que está à disposição para prestar qualquer esclarecimento. Sobre a investigação, afirmou que “teve início em 2019 e, portanto, não guarda relação alguma com os atos de gestão e combate à pandemia da Covid-19”.
Ainda no texto, declarou que “os atos da empresa investigada, no que tange à sua participação em certame licitatório em 2018, já foram analisados pelo corpo técnico do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco, tendo consignado que, além de ser um contrato inferior a R$ 2 milhões, inexistiu dano ao erário público e as irregularidades apontadas são de única responsabilidade da empresa investigada”.







