Por André Beltrão – A Deputada Marília Arraes (PT) afirmou que, caso eleita prefeita da cidade do Recife, a primeira providência ao sentar na cadeira será auditar as contas de Geraldo Júlio. A afirmação foi feita durante a live com o jornalista Ricardo Antunes, nesta segunda-feira (13). “Faria uma auditoria das contas, como anda a situação fiscal da gestão. Porque, nesse ano, há pontos que colocam em risco a saúde financeira para o próximo ano”.
Nesses últimos oito anos da gestão Geraldo Júlio, pode-se perceber “o quanto Recife foi deixada de lado nos últimos anos e não é preciso se aprofundar muito nisso. Quando passamos pelo Pina, pelo cais, você pode ver que as palafitas voltaram. […] É necessário que haja uma universalização de políticas públicas[…] As propagandas são lindas, você pensa que está tudo lindo, mas a realidade não é bem assim”, falou Marília.

Já indagada pelo jornalista sobre possíveis mágoas contra o senador Humberto Costa, por tê-la barrado em 2018 de disputar o governo do Estado, Marília Arraes, elegantemente respondeu, mas saiu pela tangente por não se aprofundar no assunto e disparou: “não faço política com mágoa, com feridas. A gente tem que estar na política pensando no que pode fazer. Eu estava na empreitada para o governo, mas isso é página virada. Houve uma articulação nacional[…], na época discordei e discordo ainda. Respeito quem ache diferente. Agora é fazer o máximo para unir, não espalhar”.
Sobre o possível término da hegemonia do PSB, a deputada disse que “já faz um tempo que isso não está sendo bom, por exemplo, o fato de serem gestões de uma propaganda bonita, mas não terem uma universalização […] É preciso colocar nas urnas para eles (eleitores) decidirem. Porque esse medo todo de deixar que as urnas escolham? Isso é ruim para cidade, isso é ruim para a democracia”.
Ainda no campo político, ela falou sobre Jarbas Vasconcelos subir no palaque do PSB, junto de Humberto Costa, mesmo após tantas críticas. De acordo com Marília, o impacto dessa contradição “é um desrespeito quando se toma atitude dessa maneira. Um terço da minha vida é com mandato e acredito que a gente tem a responsabilidade de fazer diferente […] Tem que haver uma razão concreta para mudar de atitude, de direcionamento”.
Com a veia familiar política, Marília Arraes é prima de João Campos e garantiu que sobre a capacidade e competência do primo gerir a cidade do Recife não está em sua alçada. “Isso não cabe a mim opinar. Isso é o que as urnas vão dizer. Ainda bem que a gente tem a democracia para isso”.
Finalizando a live, a prefeiturável avaliou a importância das parcerias na construção da efetivação da candidatura e de uma gestão pautada no trabalho sério. Lembrou do apoio importante, “mas vamos ver outros. Apoio a gente não rejeita. Não vejo outros pré-candidatos tendo um debate como a gente tem feito”.







