Com informações da Assessoria de Imprensa — A alfabetização dá liberdade e autonomia para as pessoas, além de ser fundamental no primeiro ciclo da vida escolar. Com o objetivo de promover o desenvolvimento humano e social, a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e o Museu do Homem do Nordeste (Muhne), por meio da Coordenação de Ações Educativas e Comunitárias, fará um evento virtual para comemorar o Dia Internacional da Alfabetização, celebrado em 8 de setembro, data que também marcará o encontro, no canal da Fundaj no YouTube, a partir das 14h.
O Dia Internacional da Alfabetização é um marco no sentido de mostrar o quanto esse estágio da vida ensina. “Um dia escolhido para receber com atenção, dedicação e acolhimento especial. Para isso, criamos ações que reforçam a importância desse processo de alfabetização tanto para as crianças que estão aprendendo quanto para quem está ensinando. A prática da leitura é um dos elementos mais fortes e bem apresentados dentro do universo da alfabetização. Letramento, apropriação da escrita, sonoridade, entendimento dos significados fazem parte da alfabetização”, afirma o presidente da Fundaj, Antônio Campos, que abrirá a programação.
A programação está repleta de atividades artísticas e culturais, que serão conduzidas por profissionais especializados em ilustrações, quadrinhos e contação de histórias e educadores/as do Muhne. A iniciativa consiste em explorar ferramentas lúdicas, criativas e divertidas nos processos de aprendizagem, reforçando assim a importância da alfabetização da criança.
O Educativo do Muhne fará oficinas para estimular o ensino e a aprendizagem das crianças utilizando a metodologia lúdica – jogo da memória e arte com fantoche. As peças do acervo do Muhne serão usadas nas brincadeiras. “Vamos lançar uma série de vídeos com oficinas adequadas para crianças. De casa, a criançada poderá fazer o próprio desenho ou imprimir imagens para colorir, montar seus jogos com as palavras e figuras. Iremos também apresentar o ABC do Engenho (Massangana) para que as crianças possam brincar com o universo desse local nesse processo de ensino e aprendizagem. Os vídeos ficarão disponíveis nas plataformas digitais”, explica a coordenadora de Ações Educativas do Muhne, Edna Silva.

O propósito do Muhne é colaborar com professores da educação formal, criando e buscando diferentes alternativas para apresentar o universo do letramento. “É fundamental abordarmos a questão da unificação das letras e dos significados. Por isso estamos promovendo essas atividades. Nosso papel é contribuir com ações que possibilitem, recriem e ressignifiquem estratégias de aproximação do educativo junto ao universo do letramento”, ressalta Edna.
Participam do evento o cartunista Jarbas Domingos, criador da tira Barô Barata, que integra revistas infantis e juvenis como Recreio e Mundo Estranho, além de livros didáticos, o ilustrador, quadrinista e autor de livros infanto-juvenis Laerte Silvino. O quadrinista e ilustrador Carlos Eduardo, o doutor em Educação pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e especialista em quadrinhos nas práticas educativas Fábio Paiva, o desenhista, ilustrador, diagramador e quadrinista Luiz Carlos e a atriz, cantora e contadora de histórias Camila Puntel.
Ilustrações
As ilustrações têm o poder de despertar a curiosidade e os sentidos. É por isso que elas estão presentes nos livros, principalmente nas leituras infanto-juvenis. Formado em design, Jarbas Domingos trabalha como cartunista desde 1998. Publica charges, cartuns, caricaturas e ilustrações em jornais, revistas, sites, livros didáticos e infantis. As tiras do Barô Barata foram publicadas na Folha de Pernambuco, Diario de Pernambuco e Revista Recreio da editora Abril. Em 2010 e 2013 foi premiado num dos Salões de maior referência na área do humor gráfico internacional, o World Press Cartoon em Portugal.
“O quadrinho sempre foi uma ferramenta muito didática porque no meio do caminho há a literatura e o cinema. O quadrinho não trabalha só a questão da escrita, mas sim todo o apelo visual que cumpre uma função de memorização e também de atração pela informação. O quadrinho, por exemplo, nem sempre precisa de texto. A narrativa também acontece por meio de imagens, passando muitas vezes uma mensagem clara que talvez só daria para explicá-la com muitas linhas”, disse.

Ilustrador e quadrinista profissional desde 2006, Laerte Silvino abordará no evento as diferenças no uso da ilustração. Na carreira, ele acumula passagens pelos jornais locais Folha de Pernambuco e Diario de Pernambuco, onde segue até hoje. “Produzi até agora livros que exploram imagens e outros sem texto para que a criança faça a leitura visual. Livros infantis com pouco texto usando rimas como auxílio, por exemplo, ajudam nesse processo de aprendizado da leitura”, destaca.
A história em quadrinhos no processo de alfabetização também é outra temática do encontro, e será apresentada pelo quadrinista Carlos Eduardo, formado em licenciatura em Artes Plásticas pela Universidade de Brasília. O ilustrador é agenciado pela Rascunho Studio na produção de artes em aquarela.
“Irei falar como os quadrinhos influenciam na alfabetização, principalmente para as crianças. Tomarei como base as histórias da Turma da Mônica, do universo Disney e dos Trapalhões”, comenta.
Outra pauta que será abordada é a função dos quadrinhos para o aprendizado, sob responsabilidade de Fábio Paiva, doutor em Educação, criador do projeto EduQuadrinhos e autor de diversos livros acadêmicos e gibis educativos.

“Meu objetivo é falar sobre a leitura dos quadrinhos antes mesmo da alfabetização e como esses gibis auxiliam no desenvolvimento dessa alfabetização. Ou seja, a leitura dos quadrinhos e os quadrinhos na leitura”, afirma Silva.
Entre os temas do evento está o desenho como estratégia pedagógica na educação infantil, que será enfatizado por Luiz Carlos. Ele já desenvolveu projetos para diversas editoras, empresas e organizações. “Dar vida aos personagens e criar histórias são coisas que realmente me encantam. O desenho é uma área ampla e que é importante para a educação. Os gibis, livros e desenhos animados educam, informam e ajudam a formar opinião”, ressalta.
Contação de histórias
Há vários métodos para alfabetizar. Um deles é por meio da contação de histórias, responsável pela formação de pequenos leitores na educação infantil. A contadora de histórias Camila Puntel irá falar sobre o assunto no Dia Mundial da Alfabetização. Nessa função, participou de inúmeras apresentações no Recife, Rio de Janeiro e Santa Catarina com o grupo “Tapete Voador”, fundado por ela, e marcou presença em espetáculos narrativos e sessões de histórias em teatros, livrarias e escolas de Pernambuco.
“Falarei sobre os benefícios da contação de histórias desde a infância, antes até da alfabetização, ressaltando como isso ajuda e é importante para a criança. Por meio da leitura de livros, futuramente a criança pode ser um bom leitor, uma boa leitora, além de escrever bem. É um recurso lúdico que alfabetiza”, defende.

Serviço
Evento: Dia Internacional da Alfabetização (gratuito)
Data: 8 de setembro (terça-feira)
Horário: a partir das 14h
Transmissão: canal da Fundaj no Youtube.




