Do G1 — Influenciada pela alta de preços de cimento, acesso à internet, carne de porco, cenoura e tomate, a inflação de agosto teve elevação no Grande Recife, em relação a julho. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,46%. Isso representa quase o dobro da média nacional, primeiro do Nordeste e quinto no Brasil.
Ainda segundo o IBGE, o IPCA de agosto foi um pouco maior do que o de julho, quando ele ficou em 0,40%. O instituto informou que é o segundo maior índice do ano, no Grande Recife.
No Brasil, o IPCA de agosto ficou em 0,24%. Isso mostrou, no país, uma desaceleração do aumento de preços, em relação a julho (0,36%).
No quadro nacional, com 16 localidades pesquisadas, o Grande Recife fica atrás de Campo Grande (MS), Goiânia (GO), Brasília (DF) e Rio Branco (AC).

Os números do instituto mostram, ainda, que, como ocorreu em julho, a Região Metropolitana do Recife teve a segunda maior inflação acumulada do ano, ficando atrás de Campo Grande, com 2,13%.
O Grande Recife também teve o quarto maior índice no acumulado da inflação dos últimos 12 meses, de 2,48%. À frente, ficaram Campo Grande, Belém e Salvador. No Brasil, o acumulado de 12 meses é “ligeiramente” inferior, chegando a 2,44%.
Produtos
Ainda de acordo com dados divulgados nesta quarta (9), em agosto, os cinco produtos com maior reajuste nos preços foram: cimento (12,59%), acesso à internet (12,18%), carne de porco (8,58%), cenoura (8,35%) e tomate (6,75%).
Os cinco produtos que tiveram maior redução foram: cebola (-23,64%), alho (-15,81%), alface (-15,35%), melão (-14,75%) e batata doce (-9,84%).
Setores

Entre os destaques de elevação do IPCA, segundo o IBGE, está o setor de “comunicação”. A alta foi de 1,93%, tendo como maior responsável por esse resultado o aumento de 12,18% no acesso à internet.
A categoria também teve a terceira maior alta no acumulado do ano (3,58%) entre os grupos pesquisados. Em julho, o mesmo grupo também havia registrado alta, ainda que menor, de 1,61%.
O segundo setor que mais ajudou a pressionar a inflação em agosto foi “habitação” (1,02%). Isso repete o que foi registrado em julho, quando o segmento marcou quase o mesmo índice (1,01%). No ano, a variação acumulada já chega a 3,09%.
A energia elétrica residencial, que faz parte do setor, deu a maior contribuição para essa alta, ao registrar variação positiva de 1,73%, ainda repercutindo a alta da conta de luz em vigor desde 1º de julho.

O setor de “transportes” ocupara o terceiro lugar no ranking de produtos com a maior inflação, com 0,88%, resultado puxado pelo aumento de 3,22% no preço da gasolina.
Os outros indicadores que registraram inflação positiva na Região Metropolitana foram alimentação e bebidas (0,45%), que também apresentam a maior variação acumulada no ano, de 5,99%, e artigos de residência (0,25%).
Baixa
Quatro grupos de produtos e serviços registraram deflação em agosto, em comparação a julho. O que teve a maior retração foi o de “despesas pessoais”, com queda de -0,27%.
“Houve uma redução principalmente nos serviços de cabeleireiro e barbeiro (-2,61%) e no conserto de automóveis (-2,29%)”, aponta o IBGE em Pernambuco.

Os outros três segmentos com indicadores negativos foram os de “vestuário”, com diminuição de -0,16%, “educação” (-0,07%), além de saúde e cuidados pessoais (-0.06%), mais perto da estabilidade.
O setor de “vestuário” também é o que apresenta maior variação negativa no acumulado do ano, com – 2,03%, seguido por Transportes (-1,73%) e Despesas Pessoais (-0,26%).